René Descartes é um dos pilares da filosofia moderna, antes dele a única referência era a Igreja, que produzia e controlava o conhecimento. Descartes funda o racionalismo, diz que todos os homens possuem razão, declarando igualdade. E se todos são iguais, por que o homem do século XVII tem que seguir o conhecimento adotado pela Igreja?
Ora, numa sociedade marcada por uma profunda desigualdade social e marcada por uma profunda estratificação nas relações de poder, todos são iguais?
Descartes no século XVII, representa perigo para a Igreja, pois a razão autonomiza o homem, diz que ele é independente. Essa razão libera uma capacidade autônoma, uma capacidade de desligamento da Igreja. O discurso metafísico já não responde mais às necessidades e descobertas do Novo Mundo, expansionista e ultramarino. As lendas, os mitos e contos do mundo feudal ficam para trás, no século XVII há um desencantamento, isso a partir de Descartes, é hora de conquistas, avanços, valorização do homem, o individualismo.
Descartes não era um anticristão, ele era acima de tudo um criacionista, cria um pensamento original, não grego, escolástico, jamais negando a existência de Deus.
A partir do século XVII, o pensamento do homem começa a mudar, não podemos acatar tudo que nos apresentam, devemos racionalizar, analisar, separar, pesquisar, enfim interpretar e buscar a verdade.
Trazendo o nosso pensamento para o tempo presente, até quando o povo se deixará ser comprado em épocas de eleições com promessas enganosas? Levando ao poder homens sem compromisso?
Ora, se o mal político está no poder, foi o povo que o elegeu. Será que o governante é o único culpado de tudo o que está acontecendo? Quem se deixou enganar?
Até quando seu filho ficará sem escola de qualidade? Os seus pais sem remédio, saúde e sem dentes? Até quando não veremos a justiça agir com velocidade em nosso país?
Até quando a criminalidade aumentará a cada dia, devido ao desemprego? Até quando ficaremos reféns em nossa própria casa?
Precisamos mudar nossas atitudes e nossa postura diante de tudo isso e não se render a esmolas, para termos um futuro melhor.
Enfim, até quando?
José Alexandre de Souza, é contabilista e graduado em História-licenciatura pela Universidade Veiga de Almeida, além de colaborador cronista no Blog do Programa Cartão Vermelho
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