Que tipo de mulher?
Que tipo de mulher nós somos?
Em pleno ano de 2010, em meio a comemorações do Dia Internacional da Mulher, eu me questiono que tipo de mulher somos nós, as brasileiras?
Um país em que a mulher só veio a participar do processo político depois de Getúlio Vargas, ou seja, depois de 1930, mas ainda sim, estamos alijadas do empoderamento. Porque não vemos mulheres no poder?
Dos mais de 5 mil municípios brasileiro, apenas 5% são administrados por mulheres, e as poucas que existem costumam ser crias de seus respectivos maridos, pais ou qualquer outra parentalidade que de continuidade a oligarquia.
Atualmente somos 52% do eleitorado brasileiro, entretanto, menos de 2% de ocupação dos cargos eletivos.
Isso tudo me faz refletir, o que está faltando para nós mulheres pararmos de ser “tarefeiras políticas” para protagonizarmos a cena desse teatro social, e mostrar que somente nós, as mulheres sabemos quem somos e o que queremos, e, principalmente, que os homens não são capazes de traduzir esse debate.
Vale ressaltar que esse é o desabafo de uma cidadã politizada e esclarecida que não tem a menor vontade de ser candidata a nada, mas sim, de ver esse país com equidade de verdade e com políticas públicas claras, que executem ações que promovam a cidadania da mulher.
E chega de “rosinhas” no Dia Internacional da Mulher, eu quero é a Constituição Federal!
Mulheres no poder já!
Renata Cristiane é jornalista e historiadora. Além de colaboradora cronista do Blog Cartão Vermelho.
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