A imagem dos santos despedaçados, num altar de uma escola pública de Cabo Frio, virou o símbolo da derrota dos professores na luta contra o tráfico de drogas. Invadida várias vezes, a escola já teve salas, pavilhões, corredores e banheiros destruídos e reconstruídos várias vezes. O ginásio de esportes virou uma cracolândia, e os alunos vendem maconha nas salas de aula. No turno da tarde, 25% dos estudantes desistiram de estudar na escola ano passado. Casos como esses são rotina
“Consiga 05 reais e garanta seu reggae”. A dica é de um menino de aparentes 13 anos de idade para outro da mesma faixa etária, no centro em Cabo |Frio. A quantia: uma pedra de crack vendida no Manoel Correa, invasão que fica na Avenida Teixeira e Souza. O objetivo: conseguir o dinheiro, trocar pela droga e consumir num dos pontos usados pelos meninos de rua no centro e canal, área nobre da cidade.
Os garotos aprendem a montar estratégias para conseguir o dinheiro na escola da vida. A tática mais adotada inclui o maior supermercado na região. É entre as gôndolas do bom preço que os meninos abordam os clientes. “E pedem leite em pó, biscoitos, latas de cereais e até sanduíches prontos. Tudo isso vira droga minutos depois”, conta uma caixa do supermercado, que, por medo de represálias dos meninos, pede para não ser identificada.
Há que se rever nossos erros. A tolerância generalizada às quebras de princípios; a corrupção desenfreada; a idéia que "a guerra está perdida, vamos aceitar o vício" e outras atitudes derrotistas nos levaram até este ponto. Podemos reverter a situação com educação, oferta de tratamento, intolerância social ao uso/abuso - mas isto demanda motivação da população e mudança de métodos dos governantes. Mas mudar como se fecharam uma Secretaria da Criança e do Adolescente onde tinha mais de 10 projetos para diminuir a situação de riscos destas crianças, esta Secretaria virou uma Coordenadoria nula, digo quase nula pois ainda existe um projeto localizado em algum lugar, fazendo qualquer coisa, com qualquer um para terem um discurso demagogo, hipócrita e politicamente correto para dizerem que não estão fazendo nada ou quase nada e o seu Conselho de Direito não é paritário exige absurdos para liberarem subvenções e quando são apresentados todos os documentos não fazem nada em relação a liberação do dinheiro, exemplo este é o Moleque Bom no Jacaré, o que o Conselho mais gosta de fazer é punir os Conselheiros Tutelares, quando tentam resolver por conta própria a situação das crianças pois não encontram apoio nem lugar para levar estes meninos, são punidos por indisciplinas por este mesmo Conselho que não realiza projetos de proteção para estes Conselheiros e para estas crianças.
Ou mudam-se critérios frouxos ou seremos todos vítimas da violência gerada pelas drogas e da desagregação social que começou na cracolândia mas se espalha por Cabo frio e toda a Região. Será este o legado que queremos para nossos filhos e netos?
Que deus proteja estas crianças, porque aqui quem tem a responsabilidade de proteger é omissa.
Tadeu Assis, Representante da Equipe Arca, Técnico
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