Em família criamos o costume de denominar de “pagar missão“ toda e qualquer ação que se faça contra a própria vontade. Mas que nos sentimos no dever moral ou profissional de realizar, já que ninguém mais aceita a fazer. E da mesma maneira que eu me obrigo a “ouvir” o programa Amaury Valério, por total falta de voluntários, lá fui eu gripada e com o meu fiel escudeiro e marido, acompanhar o filho que tinha prometido à esposa levá-la à Feira Forte. Todo ano é a mesma coisa, a gente vai olha, e só para constatar que não valeu à pena – minha nora é argentina e acredita (que nem o Maradona)... Mas fazer o que!? Mãe é mãe, e eu tento ser uma sogra solidária.
Já que ia ter que ficar zanzando durante algumas horas, aproveitei para dar uma conferida e ver o que havia de “interessante”, ou de verdadeiro no anunciado para o evento – ou melhor invento.
E aí vai meu relatório pára meus queridos e inteligentes leitores do Cartão Vermelho, que aproveitaram o sábado para fazer coisas mais interessantes – como ver o caldeirão do Hulk por exemplo, pelo menos não passaram frio, nem foram obrigados a tomar Pepsi - cola:
Havia muita roupa e moda do vestuário em geral (só uma ou duas grifes conhecidas) e com preços iguais ou em alguns casos superiores aos das lojas – e com muito menos variedade e conforto. Salvo raras exceções quando havia promoção relâmpago. A maior parte das mercadorias era ponta de estoque mesmo.
Nos dois stands de mobiliário, que visitei, tinham móveis lindíssimos, fabricados em Ubá (MG) e no Paraná (ratin sintético) com um precinho...ES-TRA-TOS-FÉ-RI-CO! Nada inferior à R$ 1.500, 00 (à vista e cash). No setor de construção uma “novidade” re-editada da ECO 92: telhas de plástico re-aproveitado.
No setor de cosméticos uma enganação digna de destaque: perfumes falsificados importados – deixem-me explicar melhor: o vendedor importou cópias piratas de grandes marcas de perfume para vender em um evento promovido pela ACIA em conjunto com o governo municipal.
A área de lazer - só na parte externa - para as crianças só tinha brinquedos pagos, e a peso de ouro R$ 12,00 (doze reais) por 05 minutos – bolas rolantes que não rolavam pelo vento de sudoeste, e um pula-pula. Saquinho de pipoca comum (sem manteiga e outros incrementos) R$ 2,00 (dois reais).
Estrutura física: o piso irregular propiciou vários tropeções em pessoas de idades variáveis, em especial às dondocas incautas de salto alto e fino. As rajadas de vento provocaram certa inquietação nesta velejadora, que vos escreve: as placas indicativas dos corredores balançavam enlouquecidas sobre as cabeças dos visitantes. Fiquei torcendo para que não caíssem, sentadinha na praça da alimentação e bem perto da saída a barla vento.
Aliás na “praça de alimentação” bem menos sortida que nos anos anteriores, só havia um nome conhecido - confeitaria Branca. O cardápio era bastante uniforme, minha nora teve que esperar até chegar em casa para que eu lhe preparasse o ansiado Yakisoba. O mínimo esperado era que houvesse a “Picanha do Zé” , mas parece que o presidente as ACIA é do tipo Froilan – não faz fé no próprio evento; pois sua empresa não se fazia presente.
Por artes de uma tal de Marbela – distribuidora de bebidas; muita gente saiu com sede. Cerveja só Skol – a da latinha cantante que não cantou nenhuma só vez durante o tempo que estávamos lá, choop só da Brahma (é assim que se escreve?), refri só da Pepsi ou H2O. Só o stand da Costa do Sol tinha alguns drinks diferenciados. Não sei se isso de proibir a venda de alguns produtos em favorecimento de outros é legal – com a palavra a ANDECOM – que não é atrelada ao governo.
O único ponto FORTE da feira foi o atendimento principesco (de verdade) que nos foi propiciado pelo garçom GABRIEL do “CAFÉ com o que?” , onde comemos uma deliciosa, bem servida e barata (R$ 8,00) FEIJOADA. O rapaz foi a tal ponto gentil, que quando não havia algo que quiséssemos no stand deles, ele ia pegar nos vizinhos.
Perguntei onde ficava a loja deles, e a resposta foi surpreendente: são os arrendatários da CAN-TI-NA da Universidade Veiga de Almeida – campus 1; cuja qualidade tivemos a oportunidade de apreciar quando do I Fórum de Cultura. A família MICHEL-COLLIN agradece – nos salvaram o sábado.
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