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Pelos cafés da vida... Por Beth Michel.


Cabo Frio está mudando, vocês já haviam notado!? Eu custei um pouco a perceber porque tenho o costume de olhar para frente. Mas existem ocasiões que nos forçam a dar uma olhada para trás, e acontece da gente se embarcar nas recordações e começar a navegar em águas passadas. São peças que o fato de ter uma boa memória nos prega. E num destes “flashes back”, notei que as “bocas malditas” também já não são mais as mesmas. Há coisa de 20 anos atrás o clube do “malho” se reunia em botecos, e a falação sobre a vida alheia (principalmente dos políticos) era regada a muitas cervejas (garrafa de 600 ml) ou rabo de galo – isto para os “fofoqueiros pés-rapados”; ou no caso dos “comentaristas políticos” (que no final das contas é tudo a mesma coisa) era Uísque ou Vodka - importados; que se reuniam em discretos "Pub's" do Portinho ou da Passagem. Os jornais também eram diferentes (só 1 ou 2 tablóides), bem como as rádios (locais só AM) e as TVs (meia dúzia de canais abertos – nenhum local).


Hoje tudo ficou muito mais "abstêmicamente" democrático e nivelado; gregos e troianos quando desejam colher notícias impublicáveis (pela censura comprada a peso de ouro) na mídia, fazem a ronda dos cafés - que brotam como o sal da terra; de todas as cores, times, partidos, religiões, e gostos, do centro da cidade. E tudo na base da água mineral, sucos, cafés, ou no máximo 2 ou 3 cervejas de latinha ou “pet” (300 ml). O coletor de informações (fica mais elegante que curioso ou fofoqueiro) fica por ali, senta, pede o jornal (isto me faz lembrar aquela música do Noel: “Seu garçom, faça o favor...”) e o café, e faz de conta que está muito interessado nos classificados, mas com a orelha esticada que mais parece uma parabólica, até que surja alguma brecha na conversa da mesa vizinha... Esqueci de dizer que os espaços destes locais são verdadeiramente ínfimos – dá pra saber se o vizinho tomou banho ou escovou os dentes recentemente com uma ligeira virada de cabeça.


Aí o “ouvidor” - desperto da sua leitura letárgica, estampa uma cara de surpresa e reconhece um ou mais dos vizinhos, e puxa "o assunto", que depois leva para casa, digere lá a sua maneira, e sai repetindo sua versão do mesmo. Alguns acumulam tanto material desta maneira, que não resistem ao mero contar "de boca" para a patota, e fazem um Blog - uma moda super “in” e que para mal dos pecados é gratuito - e mandam ver! E alguns até descolam um " troco", mas é mais no sentido de não publicar, que ao contrário...Ou seja, o nirvana dos Ibraim Sued’s da restinga!Mas me perdoem, que perdi o rumo da prosa.


Como dizia, a imprensa amordaçada a peso de ouro induz a todo tipo de gente – muitos até bem intencionados; que quer saber: “- Qual é?”, a matar sua sede de informações desta maneira, e não se pode culpar ninguém por isso. A dúvida é um sentimento terrível, que pouca gente aguenta numa boa...


Eu mesma escuto muita coisa, e não tenho o menor pudor em demonstrar meu interesse pela conversa alheia – quem quer manter algo em sigilo: que procure um lugar mais adequado para conversar, oras! Ou melhor, que guarde a língua dentro da boca. Se, falam abertamente em um local com tão pouca privacidade, é por que no mínimo querem dar algo a público, sem o compromisso de “assinar em baixo”. E se me surge alguma dúvida, pergunto mesmo! A diferença é que uma vez “adquirida” a informação - por estes meios "pouco ortodoxos"; faço minhas pesquisas para ver se procedem, ANTES de botar a boca no trombone – ou na vuvuzela, para ficar mais na onda. Ou vocês acham que os jornalistas "de verdade" (com diploma), tem alguma bola de cristal, ou ligação direta com O Cara lá de cima!?


Então, senhoras e senhores, com falsos pudores, nem me venham com muxoxos tipo “magoei!”, que comigo não cola, se vocês disserem alguma coisa - e eu verificar que é verdade, e puder comprovar, vou divulgar sim! Não vou entregar de quem ouvi, mas não garanto que quem receba a notícia não vá identificar a procedência. Então juízo, viu!?


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