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Parodiando Camões - estava eu, Inês, posta em sossego, de meus anos colhendo mais um fruto, quando o telefone toca e uma voz mui conhecida afirma – Já soube! Você não é mais aquariana! Pestanejei e antes de perguntar – como?, a voz continuou. – Agora são treze signos, descobriram mais uma constelação, uma tal de Serapenteia, ou coisa assim. E mesmo sem poder articular um pensamento, mano mudou o rumo da prosa.
Voltei à feitura do café matinal a matutar. Os signos astrológicos formam um calendário anual, só que dividido em graus (360o), e não em dias (365). Como os meses, suas doze divisões são referentes aos doze ciclos lunares anuais. Contudo, diferente dos meses, as divisões dos signos são iguais, o que formaliza trinta graus para cada uma. Outra diferença é o ponto inicial, que não coincide com o calendário usual.
Como no hábito de buscar semelhança nas nuvens que passam com algo conhecido, os antigos buscavam formas nas estrelas. Assim, surgiu a idéia de constelações. Seus nomes derivaram de acontecimentos terrenos, como Aquários e o período de chuvas, ou Balança (Libra), por estar na época mediana do percurso. Agora só falta acharem que as constelações “influenciam” os signos! Influências de astros já é uma idéia equivocada, imagine influências de constelações? O que qualifica os signos astrológicos é uma característica estrutural da Vida. Mas, antes que a prosa tome este rumo, vamos ao café.
Uma Cidade Jardim
Ontem começou a gravação da telenovela “Cidade Jardim”, cujo projeto foi apresentado para empresários e imprensa na quarta-feira, dia 26, no Leste Shopping. Ambientada no Jardim Esperança, em Cabo Frio, está é a primeira telenovela da Região dos Lagos, assim como a primeira, no Brasil, produzida por uma TV comunitária, a Jovem Tv, canal 8. Guilherme Guaral é o autor e o diretor artístico, na produção técnica, temos Edson Dias e Fernando Lebre e na direção geral, Rodrigo Sena. A previsão para o lançamento é maio. Já aguardamos com ansiedade este feito, que terá no elenco talentos já conhecidos nossos.
Espaços culturais do Rio de Janeiro
Estive no Rio semana passada, e me dei de presente um dia para percorrer o circuito de espaços culturais do Centro da cidade. Em verdade, um dia não dá nem pra metade, mas o que vi, valeu!
Entre tantas coisas boas, ficou a lembrança das cadeiras falantes, no CCBB, como colos a nos acolher e contar histórias de Cora Coralina. Na sala 2 da Caixa Cultural, estava a exposição de Abelardo Zaluar, um saudoso professor da Escola Nacional de Belas Artes. E como a escola ficava do outro lado da Avenida Rio Branco, onde hoje só resta o Museu Nacional de Belas Artes, fui matar a saudade. Mesmo com boas salas de exposições, como a sobre Ferreira Gullar, a visão da galeria lateral com sua extensa clarabóia (que depois de restaurada, deixa ver o azul do céu) me levou para fora do tempo. Parada no imenso portal de entrada, como o Sol a banhar as estátuas, eu vi presente e passado se mesclarem a minha frente, e revi colegas com telas, pranchas, tintas e sanduiches no entra e sai nas salas de aulas. Realmente, bons passados é o melhor presente que a gente pode se dar.
Querido leitor, até domingo que vem, e se você quiser saber o que qualifica os signos, pergunte, e continuamos a prosa.
Sites:
Centro Cultural do Banco do Brasil RJ - CCBB
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA
Fotos retiradas dos sites das instituições
Foto 1 - CCBB RJ - fachada decorada para a mostra “Alejadinho e seu Tempo”
Foto 2 - CCBB - visão da clarabóia central e dos corredores circulares com as entradas para as salas de exposições
Foto 3 - CCBB RJ – hall central com o público visitante
Foto 4 - Caixa Cultural RJ – entrada
Foto 5 - Caixa Cultural RJ – hall central
Foto 6 - Caixa Cultural RJ – exposição “Rigor e Sensibilidade” de Abelardo Zaluar
Foto 7 - MNBA – fachada principal na Avenida Rio Branco
Foto 8 - MNBA – galeria lateral
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