O Blog Cartão Vermelho, para manter seus leitores bem informados, procurou novamente o Dr. Marcelo Paes Paiva de Oliveira, mais conhecido como Dr. Marcelão, Presidente do PSDB de Cabo Frio para obtermos informações sobre o processo de expulsão por infidelidade partidária que é réu o Prefeito de Cabo Frio, Marcos Mendes (PSDB).
Blog CV - Como anda o processo de Marcos da Rocha Mendes no PSDB?
Dr. Marcelo Paes: O Prefeito de Cabo Frio é uma pessoa menor, seus valores são pequenos, neste sentido ele leva uma vida ao lado dos advogados para ter sempre uma saída jurídica para suas atitudes medíocres.
Ele não tem uma saída altiva e honrosa para os seus atos, suas saídas são sempre pela porta dos fundos da justiça.
Assim, nas entrevistas que deu, percebemos que ele que ele está, mais uma vez, na porta dos fundos da vida em sociedade, próximo a bacia onde se banham os corpos despojados de virtude, e doentes por comerem dinheiro em vez de proteína.
Com esta constatação, o Partido adotou uma estratégia mais cautelosa, e partirá agora para o rito sumário.
Blog CV - Como pode esse rito ser sumário e cauteloso ao mesmo tempo?
Dr. Marcelo Paes: Pode parecer paradoxal, afinal depois de uma análise partir-se para um rito sumário, ou uma ação cautelosa para um rito sumário... se é sumário como pode ser cauteloso? Enfim, perguntas que os advogados dele adoram, pois delas fazem seus expedientes infames de questionamentos.
Mas explico: nós não gostamos de viver de expediente, não gostamos de agir de forma errada para depois ficarmos nos defendendo na justiça, usando mecanismos de defesa que nem dispomos, afinal vivemos do nosso salário, não temos dinheiro em cuecas ou paraísos fiscais capazes de comprar dignidades alheias. Por esta razão, após percebermos as intenções do grupo de advogados do Marquinho, resolvemos que o processo deve ser exclusivamente político.
Blog CV - Então efetivamente o que acontecerá?
Dr. Marcelo Paes: Bem, ele não respondeu ao questionamento que enviamos, pois como dissemos amplamente em várias ocasiões, ele recebeu um pedido de explicações, não explicou.
Mas, independentemente disto, e esta é a razão política, toda a documentação acostada, quais sejam: a página de agradecimentos ao seu "grupo político" publicada dois dias depois no Jornal Folha dos Lagos, as várias entrevistas publicadas na imprensa regional, e mesmo o depoimento das pessoas que acompanharam a eleição, demonstram que politicamente ele está distante do Partido. Em função desta clareza política, daremos rito sumário ao processo de expulsão. Claro que se ele tomar outra atitude, ficaremos à vontade para tecnicamente tomarmos providências, como pedir mandatos e etc.
Blog CV - E como ficará o PSDB em Cabo Frio?
Dr. Marcelo Paes: O partido seguirá seu rumo institucional, um grupo de pessoas hoje ligadas à Alfredo Gonçalves e Marquinho Mendes pediram a desfiliação do Partido, com isto vamos tecnicamente refazer o partido, dentro da institucionalidade e da legalidade.
Esta saída foi muito benéfica para nós, pois depurou o Partido e, ao invés de realizarmos as convenções, como teríamos que realizar, poderemos nomear uma nova direção. Ou seja, foi muito melhor, pois os filiados do partido, muitos deles, eram de pessoas ligadas ao Prefeito.
Agora não, agora a Regional poderá nomear uma nova direção e acompanhar de perto os mecanismos de oxigenação partidária.
Blog CV - E você? Como fica o Marcelo Paiva Paes de Oliveira, o Dr. Marcelão?
Dr. Marcelo Paes: Aliviado. Primeiro por não precisar mais tratar com estas pessoas, para minha referência pessoal foi muito ruim ter um dia passado perto delas, eles não fazem parte do meu grupo social, nunca respiraram, e nunca respirarão, o mesmo ar que eu respiro, eu vivo de oxigênio, não de arsênico.
Costumo dizer que eles são a "República do Futsal", eu nunca estive por ali. A Cabo Frio que vivi está na minha lembrança, mas como disse o Saramago, "a gente, na verdade, habita a memória", sendo assim minha vida é outra, minhas referências são outras. Eu não pisaria na memória do meu tio, da minha avó, tomando atitudes que eles com certeza se envergonhariam. Outros podem agir assim, mas eu jamais faria isto. Então estou aliviado.
E, em segundo lugar, porque o estatuto do Partido só permite o exercício da Presidência por dois períodos, e eu fiquei três, considerando que o primeiro foi uma intervenção e não uma convenção. Assim, cumpri meu dever de cidadão para com o Partido, e estou livre para tomar outros caminhos, sempre opinando sobre Cabo Frio quando quiserem minha opinião, mas preciso avaliar uma série de situações, inclusive políticas, para poder saber ao certo o que fazer. A princípio, como estarei em Brasília por dois anos, tenho tempo para maturar uma posição.
Blog CV - Então não há projetos seus na região?
Dr. Marcelo Paes: Não, não é isso, meus projetos são todos na região. Mas neste momento vejo que não há muito que fazer por aí, como diz a música do Cazuza, "os meus inimigos estão no poder", então precisamos trabalhar uma nova estratégia, combatê-los, retirá-los do poder. Não há outra alternativa. Assim como eles lutam para ficar, eu luto para retirá-los. Este é o jogo. Digamos que o quartel general está em Brasília, Cabo Frio é o campo de batalha.
Neste xadrez vou procurar o xeque-mate, sabendo que não jogo contra um rei altivo, mas contra um rei sorrateiro.
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