Por Marcelo Paes Paiva.
Em uma eleição para prefeito só há um eleito. Mas podem haver outros ganhadores, são aqueles que se candidatam para iniciar uma trajetória, para marcar seu nome no meio do povo. E há também aqueles que não eleitos, são realmente derrotados, estes são os que já estão na disputa há tempos, e a não eleição para prefeito os diminui politicamente na cidade.
Não será diferente em Cabo Frio. Dentre as candidaturas de hoje, podemos dizer que o placar entre os que podem e os que não podem perder está quatro a quatro. Isto porque vou considerar que o PT lançará um candidato.
E quem são eles? Vamos lá:
OS QUE MESMO PERDENDO GANHAM
Mansur, Silas Bento, Froilan Moraes e o candidato do PT.
Silas ganha mesmo perdendo porque inicia sua trajetória para o executivo, atingindo assim um maior respeito por parte do eleitorado, respeito este que o capacitaria a ser reconhecido como alguém que possa representar a cidade em 2014 como deputado estadual eleito por Cabo Frio, e assim, talvez em 2016, possa se eleger prefeito.
Froilan cristaliza seu nome na cidade como elemento político, e pode ir colhendo frutos ao longo desta jornada, para isto, entretanto, precisará depender menos dos negócios com a prefeitura da cidade, devendo trabalhar seu lado empresarial nos municípios vizinhos e mesmo no Brasil, como faz, por exemplo, com os eventos em Minas Gerais.
Mansur inicia sua trajetória também em direção ao executivo, mas, sobretudo, ajuda sua mulher Chris Mansur a eleger-se vereadora, desde que, evidentemente, consiga montar uma nominata razoável, o que parece estar fazendo.
E o PT, se lançar candidato, busca começar enfim a ocupar um espaço que já devia estar ocupando, uma vez que o Partido hoje é a maior força política do país. Vejam que enquanto o PSDB governou o estado e presidiu o Brasil, ele teve o prefeito da cidade.
OS QUE NÃO PODEM PERDER:
Jânio Mendes, Paulo César, Alair Correia, e Alfredo Gonçalves (candidato da máquina)
Jânio, e Paulo César não podem perder pois a não eleição dos seus nomes os deixará fragilizados, mostrarão que os seus coeficiente eleitorais realmente não são carismáticos, e poderão ter dificuldades em 2014 para se reelegerem deputados, ainda mais dependendo de quem ganhar em 2012.
Alair não pode perder pois isto demonstraria uma queda da sua popularidade com uma conseqüente perda do seu carisma, e sem carisma Alair teria que se reinventar em dois anos, coisa que talvez não tenha estímulo para fazer.
Alfredo Gonçalves não pode perder, pois é o candidato da máquina, e numa eleição de um turno só este candidato tem, ainda que tacitamente, a obrigação moral de ganhar. Além do que, se perder ficará dois anos sem mandato nenhum, e com os falsos amigos que colecionou perceberá “logo logo” que quem estava falando a verdade, e por extensão sendo seu amigo, éramos nós que o alertávamos dos riscos da estratégia que ele construiu para chegar à prefeitura.
Eu, particularmente, tirando Alfredo que não consigo visualizar como candidato viável, acho que a eleição deve ser ganha por alguém do grupo dos que não podem perder, Jânio, Paulo César ou Alair. Porém, o Silas deve atingir um eleitorado cativo que todos sabemos qual é. E este eleitorado em uma eleição muito pulverizada pode produzir um quórum surpreendente.
Mas analisar candidato por candidato será objetivo de textos que escreverei mais adiante, quando o quadro estiver mais consolidado.
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