Por Luiz Barbosa Neves.
Vivemos uma situação original para a próxima eleição municipal na cidade do Rio de Janeiro. Movimentos antecipados de grupos políticos e interesses partidários colocam o atual prefeito, Eduardo Paes em situação altamente confortável para o pleito, tanto por estar na máquina quanto pelo comportamento da imprensa que vem mantendo um tom sóbrio no que tange a cobertura dos fatos positivos e negativos da cidade.
Mas principalmente pela fragilidade do que se pode chamar de oposição ao prefeito.
Os principais atores políticos que hoje se colocam na oposição enfrentam na cidade alguns problemas que dificultam articulações e alianças que permitam chegar ao pleito com condições de vencer ou até mesmo levar a eleição para o segundo turno.
O maior desafio hoje seria sair da eleição com o mesmo tamanho que entrou.
Tanto que uma aliança, improvável até pouco tempo, vem sendo discutida com a finalidade de apresentar uma chapa que encare este desafio.
A aliança Cesar Maia e Garotinho não é o que se pode chamar de parceria natural ou orgânica. A única coisa que eles têm em comum é o adversário.
Os dois construíram suas carreiras políticas de forma distante e tensionada e várias vezes colocaram suas diferenças acima dos objetivos da administração que lhes cabiam.
Garotinho foi eleito deputado federal com número recorde de votos, mas tem justamente na cidade do Rio seu maior índice de rejeição. E César Maia, hoje é apenas mais uma opção do cardápio político. Na eleição para o senado foi de líder nas pesquisas a quarto lugar em apenas 45 dias. Por pouco não ficou atrás de Waguinho, ex-pagodeiro e estreante na política.
Os nomes que eles veiculam para o acordo são de seus herdeiros políticos (detesto este conceito, mas isso fica para um próximo artigo) Clarrisa Garotinho e Rodrigo Maia.
Muito ônus pra pouco bônus.
Fora isso os partidos DEM e PR enfrentam problemas.
No PR o tom da liderança não é bem aceito pela bancada estadual e o DEM...tic tac tic tac.
Considerado por muitos analistas a única novidade possível na eleição,
Índio da Costa, articulador do novo PSD declarou em entrevista que vai apoiar Eduardo Paes.
Este movimento do jovem ator político que foi vice na chapa de Serra estreita ainda mais os possíveis caminhos oposicionistas na cidade. Já que discurso eficaz é algo que dificilmente conseguirão construir.
Carioca - tupi-guarani (kari ' oca) casa de branco.
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