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Ar Condicionado e Atividade Física, Não Combina.



Por Fabrício Fouraux

Ao praticarmos atividade física, devemos tomar alguns cuidados para que esta proporcione mais saúde ao nosso organismo, caso contrário, podemos até nos prejudicar. Assim como nos atentamos com cuidados ao tênis que usamos, hidratação, recuperação, alimentação, o clima onde treinamos também deve estar de acordo, para um bom desempenho acontecer, devemos ter cuidado com o ambiente, sem que o mesmo seja muito quente ou muito frio.

Quando falamos ambiente climatizado não é necessariamente, com Ar Condicionado, mas que proporcione conforto ambiental, através de ventilação natural, desde que seja levado em consideração as variáveis locais, como clima, temperatura, direção dos ventos, dentre outros.

O ar condicionado pode ser interessante para manter o ambiente livre da poluição externa, desde que os filtros estejam sempre bem limpos. Os maiores problemas desse método de resfriamento para a saúde dos utilizadores são os fungos, as bactérias e os ácaros que se acumulam no aparelho e se proliferam no ar, causando inflamações e infecções das vias respiratórias, nos ambientes fechados. È comum encontrar pessoas que se queixam clinicamente de irritação dos olhos, garganta e nariz, sensação de secura das mucosas e pele, disfonia, eritema, fadiga mental, letargia, cefaléias, alta frequência de infecções respiratórias e tosse, prurido, náuseas e vertigens, dentre outros. Claro que se mantiver o Ar Condicionado sempre limpo livre de impurezas evitará essa situação, mas muitas vezes nem a manutenção periódica e a limpeza conseguem evitar a proliferação destas bactérias. Um bom exemplo deste fato são os aparelhos de Ar Condicionado com tubagem externa, que são utilizados hoje em dia. Mesmo que esteja tudo certo com a limpeza e manutenção do equipamento interno, você pode ter vários problemas por causa do resfriamento que é realizado através da redução da umidade do ar com conseqüente ressecamento dos olhos, causando irritações e da mucosa das pregas vocais, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão. Além do que esquecemos quanto mais o utilizarmos também contribuímos, ativamente, para o aquecimento global. Fato que nos atinge cada vez mais.

Sabemos que o Ar Condicionado desidrata o ar e resseca o muco protetor que reveste as mucosas das vias aéreas e, com certeza este fator prejudica o desempenho esportivo. O ressecamento da superfície do epitélio respiratório destrói anticorpos e enzimas que atacam germes invasores, predispondo-nos às infecções. O ar seco irrita os brônquios que produzem mais muco, mais catarro, contribuindo para o aparecimento de rinites, sinusites e bronquites.

Em academias com ambientes fechados o perigo aumenta, fungos devido a umidade, podendo estar presentes pessoas gripadas, por exemplo. Como não tem renovação de ar, as bactérias ficam circulando livremente pelo ambiente, podendo infectar outras pessoas. Outro aspecto importante refere-se ao ar ambiente saturado, com maior concentração de CO2, porém, nosso organismo necessita de oxigênio puro para uma perfeita nutrição das células e, conseqüentemente, um perfeito funcionamento.

Cientistas da Universidade Warwick, da Grã-Bretanha e da College London afirmam que a respiração aumenta de acordo com o nível de atividade física realizada, através do aumento de gás carbônico (CO2) que faz com que moléculas de ATP (Trifosfato de Adenosina, energia para contração muscular) sejam liberadas pelas regiões do cérebro sensíveis ao CO2. Essa é a mensagem do cérebro para controlar a respiração e para que o nível de gás carbônico seja reduzido e volte ao normal.

Ao praticar exercícios, alteramos a homeostase (equilíbrio) que predomina nas condições de repouso. Associado a essa quebra temos a diminuição da temperatura ambiente, mais um fator estressante, originando determinadas reações, como por exemplo, a maior produção de certos hormônios como a noradrenalina, adrenalina, hormônio do crescimento e o cortisol, afetando negativamente o nosso corpo.

De acordo com o Prof. Dr. Leonardo Bittencourt (UFAL), o ideal seria a utilização da ventilação natural ou da ventilação mecânica, que além de aproximar a temperatura ambiente da temperatura externa, diminuem o consumo de energia e favorecem a renovação do ar. Uma adequada ventilação desses espaços pode ser conseguida através da correta implantação de aberturas de entrada e saída de ar. No caso da ventilação mecânica, deve-se observar ainda o dimensionamento da vazão do ar proporcionada pelos exaustores e ou ventiladores, de modo a remover a carga térmica produzida nos espaços considerados, oriunda dos equipamentos, lâmpadas, usuários etc. Pelo acima exposto, verifica-se que o uso da ventilação como estratégia de condicionamento ambiental pode colaborar de forma significativa para a PRÁTICA DESPORTIVA e sua SAÚDE, pois melhora a qualidade do ar ambiente evitando sua saturação. Essas contribuições tem como intuito a reflexão sobre os inúmeros aspectos alusivos á prática de atividades em salas fechadas, bem como os vários fatores que poderão influenciá-la, podendo potencializar à performance como também prejudicá-la.

Parece que há consenso entre a comunidade científica, quanto ao fato do Ar Condicionado trazer inúmeros malefícios para a saúde e para nosso planeta. É prejudicial à saúde, é dispendioso, contribui para o envelhecimento precoce da pele, pode ser uma fonte de contaminação dos espaços, e contribui, em muito, para o aquecimento global. Contudo, entre a população geral continua a ser considerado como o “bom samaritano”, que refresca no verão, como um indicador de riqueza e símbolo de qualidade de vida e de desenvolvimento. Saia da sua zona de conforto faça alguma coisa em prol da sua SAÚDE e do PLANETA.

Qualidade de vida não é ter a possibilidade de ligar o ar condicionado todos os dias, qualidade de vida é abrir uma janela e cheirar a terra, as árvores, saber encher os pulmões com ar puro, limpo.



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