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Fala Leitor – Com a Palavra Andréia Jaques Garcia.



Na noite de 20 de abril de 2011, por volta de 23:30hs, Andréia Jaques Garcia de 31 anos, pediu para sua filha Anna Beatriz Jaques Garcia Mussa Cury de 12 anos, fosse para o quarto dormir já que tinha passado da hora rotineira. Nesse mesmo momento a menina entrou em crise de choro sem conseguir contar o motivo. Depois de tentar acalma-la, começou outro desespero.

Vou reproduzir na íntegra as palavras da menina Anna Beatriz:

- Mãe, você não sabe que o aconteceu. A professora Joana (geografia) gritou comigo, bateu na mesa e eu pensei que ela fosse avançar em mim. Eu estou com muito medo, mãe.

Quando a Bia, estava mais calma, contou com riqueza de detalhes. Na segunda feira, dia 18/4/2011 foi realizado uma atividade na sala de aula para ser realizada em dupla. Bia e uma amiga da sala, fizeram a referida atividade e foram entregar nas mãos professora na sala dos professores. E essa atividade seria entregue já corrigida na quarta feira (20/04).

Chegando o dia 20 na aula de geografia, a professora fez a distribuição das atividades na hora da chamada de presença e ao mesmo tempo dizia qual o valor que os alunos obtiveram com a atividade. A chamada terminou mas o nome da Anna Beatriz e de Nicole não foi mencionado. Logo as alunas perguntaram à professora o porquê de não chamar por elas.

Joana (professora) disse não ter recebido o trabalho delas. As alunas insistiram afirmando ter entregue nas mãos da professora.

Num total descontrole emocional, com a voz muito alterada e batendo violentamente com cadernos e livros na mesa, ela gritou:

- Você não me entregou nada. Se você tivesse entregado estaria aqui junto com os outros.

Bia e Nicole retrucaram:

- Professora, nós entregamos o trabalho a senhora na sala dos professores. A senhora não lembra?

Joana respondeu:

- Se eu não achei, foi porque você não entregou.

Seria tudo normal se fosse num tom de voz dentro da normalidade. O descontrole foi tanto que a referida professora, levantou de sua mesa e foi até a mesa das alunas e lhes apontou o dedo na face vociferando bravamente:

- vocês não me entregaram nada.

Coagidas, amedrontadas e envergonhas com a atitude da professora, as alunas se calaram.

Foi na hora de dormir que a Bia contou o fato a sua mãe. Como no dia 21/04 é feriado nacional, não houve aula.

Logo ao amanhecer, Andréia se dirigiu a casa da diretora da unidade escolar ESCOLA MUNICIPAL CELINA MESQUITA PEDROSA, em Iguabinha – Araruama, senhora Luíza, para conversar e entender o motivo pelo qual sua filha estaria tão apavorada e sem dormir.

Na tentativa de acalmar a mãe, Luiza insistentemente pedia calma porque tudo seria resolvido na segunda feira (25/04), às 13 horas no colégio.

Passando o feriado todo sem dormir, a família aguardou ansiosa a chegada do dia 25.

No dia 25/04, na hora marcada, Andréia, Solange (avó) e Bia estavam no colégio para buscar uma solução e lá chegando formou-se uma reunião com: Andréia, Solange, Luiza, Ângela (Orientadora Pedagógica) e Joana



No intuito de mover uma ação judicial, dia 13/06/2011 Andréia foi a prefeitura pedir as cópias dos documentos assinados por ela na reunião. Se fez necessário protocolar junto a prefeitura para ter acesso a esses documentos, mas até hoje não foi possível atender ao pedido dela. O número do processo administrativo é 12913.

Por parte da escola, houve uma solução prática. Era só trocar a aluna de sala e pronto, independente das turmas estarem com conteúdos diferentes. Onde mais uma vez a aluna seria prejudicada. A mãe da aluna recusou a troca para proteger a qualidade das notas da filha.

Em resumo, nada foi resolvido. A aluna e professora se encontraram as duas vezes por semana na sala de aula. Incrivelmente, a professora ignorava a presença da aluna, inclusive quando ela tinha dúvidas a serem tiradas. Joana entrava muda e saia calada da sala. Nem mesmo aquela chamada de presença era feita, passava-se uma folha para que os alunos assinassem.

Dentro do previsto, Bia, começou a não querer ir ao colégio. Toda segunda e quarta feira, na hora de se arrumar para sair ela sentia alguma dor. Um dia dor na barriga, outro dia dor de cabeça.

Andréia percebendo que a filha estava com medo de ir ao colégio passou a leva-la até lá. Quando a presença da mãe era notada dentro da unidade escolar, a professora não entrava em sala e por certa vez, retirou-se da escola.

Fazendo novo contato com o Conselho Tutelar, Bia foi encaminhada para acompanhamento psicológico. Por morar no 5ª distrito da cidade, fica um pouco longe e de custo alto, fugindo ao alcance financeiro da família para custear esse tratamento.

Vale salientar também que a cada ida da aluna a psicóloga representava um dia sem aula, por conta do atrasado dos horários de atendimento no consultório.

Por recomendação da psicóloga, a professora deveria ficar afastada da aluna pelo mal que ela causou.

Seguindo essa recomendação, a direção do colégio, afastou a professora por duas semanas, podemos dizer que foram as duas melhores semanas depois do ocorrido. Após essas semanas começou o recesso escolar.

Numa nova reunião, houve a promessa de mudar de professor. Houve essa nova tentativa de mudar os professores, mas o professor que também trabalha no colégio não teve tempo disponível para concretizar essa troca. Voltando tudo a estaca zero.

Enquanto isso os alunos estão sem as aulas de geografia.

Agora no dia 09/08/2011 a diretora da escola, a senhora Luiza, ligou para casa da aluna convidando sua mãe para comparecer a uma reunião, pois haviam tomado uma decisão.

Decisão inviável.

A proposta foi:

Segunda feira: no tempo de aula da Joana, a aluna sai de sala e vai para a biblioteca fazer alguma atividade enquanto Joana leciona.

Quarta feira: novamente a aluna se retira e vai para outra turma, quanto tem aulas de geografia.

Andréia não concordou com a decisão da direção, se recusou a assinar o livro de ocorrências do colégio, onde se estivesse assinado por ela, automaticamente ela estaria de acordo com a decisão tomada pela direção.

Nesse momento, as coisas ficaram ainda mais difíceis para Andréia. Uma outra orientadora Rosangela, “participou” da reunião, que também se exaltou, ofendeu e marginalizou a mãe. Subestimando as havaianas usada pela mãe e sua amiga, a orientadora foi taxativa ao dizer que a vontade da Bia não irá prevalecer dentro da escola.

Hoje, 11/08/2011, Andréia foi convocada para uma nova reunião a ser realizada Secretaria Municipal de Educação, junto com o Conselho Tutelar, diretora e vice diretora do colégio e o sub secretario de educação da cidade. Todos os envolvidos foram ouvidos atentamente pelo Srº Odílio sub secretário. A reunião se encerrou com mais uma promessa, só que desta vez feita pelo Srº Odílio, de que haverá um trabalho de sociabilização para a aluna, professora e mãe e terá inicio na próxima segunda feira 15/08.

Em tempo, a professora contratada por cargo político, foi advertida por infringir o regimento escolar. Mas a punição foi para Anna Beatriz.

Andréia Jaques Garcia - Iguabinha – Araruama RJ



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