Enviado por Ricardo Mariath
Na verdade, o título deste artigo deveria ser: “O CASO MARCELO FREIXO É UM ATENTADO AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO!”, pois é isso que representa.
Marcelo Freixo, Deputado Estadual do Rio de Janeiro, está sendo ameaçado de morte e por isso deixou o país, durante o mês de novembro juntamente com seus familiares, que também são alvos das ameaças.
Freixo presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) em 2008 e desde então vem sofrendo ameaças de atentado contra sua vida. Ao longo desse período já foram detectadas 27 ameaças de morte ao deputado, sendo 7 delas no mês de outubro.
Devido ao trabalho de Freixo a frente da CPI das Milícias, mais de 500 pessoas foram indiciadas e presas, incluindo policiais, vereadores e deputados. Tudo fruto do relatório final da comissão que presidiu e que apontou não apenas os envolvidos, mas também seus crimes, áreas de atuação, a forma como operam e que ações adotar para acabar com o poderio desses marginais.
O CASO MARCELO FREIXO É UM ATENTADO AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, assim como o a da juíza assassinada Patrícia Aciolli, pois estes agentes públicos foram marcados para morrer devido ao desempenho de suas funções constitucionais e não por ações individuais e particulares.
Freixo está marcado para morrer, assim como o trágico desfecho do caso da juíza, porque ambos combateram o crime organizado em sua pior espécie,bandidos travestidos de autoridade e fardados,bandidos sob a batuta do estado!
Sim caros amigos e leitores, milicianos são bandidos da pior espécie, porque são servidores públicos pagos com o dinheiro oriundo dos impostos dos contribuintes para garantir a segurança da população e ao invés disso, se aproveitam dos seus portes de armas e da autoridade delegada pelo estado para se tornarem grupos paramilitares que atuam na coação física contra o povo para extorquir dinheiro, cometer assassinatos e crimes dos mais variados tipos.
O método de ação das milícias é oferecer, num primeiro momento, proteção aos moradores de áreas carentes contra os traficantes e bandidos, dos quais, teoricamente, se livram subtamente – isso quando não são eles próprios que cometem os crimes para depois oferecer os serviços - para depois, em troca dessa proteção, cobrar taxas de segurança e explorar nessas comunidades, de forma ilegal, a venda de bitijões de gás com ágio, explorar o transporte das vans, operar as chamadas “gatonets”, TVs por assinaturas clandestinas.
O cidadão pode recusar essa proteção? Se o fizer, é espancado, ameaçado, morto, tem seu estabelecimento saqueado, tudo pelos milicianos!
E onde está o estado?
Na maioria das vezes o estado é conivente e age de forma conjunta com esses bandidos, porque faz vista grossa e é omisso no combate a esses criminosos, pois precisa dos votos dessas comunidades que estão sob o cabresto das milícias para as eleições de vereadores, deputados, prefeitos e governadores!
Então, como não dizer que esses acontecimentos não são um atentado contra o estado democrático de direito?
Ao excelente Deputado Estadual Marcelo Freixo – não fui seu eleitor, mas sinto-me honrado por ter me representando na Assembléia Legislativa um parlamentar desse nível – desejo força e coragem para que não desanime e dê aos bandidos a sensação de vitória. A população está ao seu lado e como diria Maquiavel, “o príncipe que tem o povo ao seu lado não precisa de muros”! Continue nessa empreitada e combata o bom combate, pois no final, sairá vencedor!
Ao estado, exijo proteção ao deputado e a sociedade, e o combate firme e implacável a esses bandidos, que já ultrapassaram as fronteiras do Rio de Janeiro e estão atuando em âmbito nacional.
O país e o estado do Rio de Janeiro não precisam e não desejam outro mártir.
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