A falta de sinalização na cidade de Cabo Frio deixa os turistas feitos baratas tontas. Nós, artesãos, que trabalhamos na Praça Porto Rocha todos os dias, é que passamos a fazer uma espécie de serviço de utilidade pública, pois não há para os turistas qualquer tipo de identificação ou informação que o direcione ao seu destino.
Muitos nos perguntam qual ônibus tomar para chegar a praia do Forte mesmo ele estando ali no centro da cidade, muitos são os estrangeiros, coitados, que por falta de placas indicativas ficam mais perdidos que cegos em tiroteio, mas se não contamos com placas em português para sinalizar, quanto mais em inglês ou espanhol, né mesmo?
E o artesão é que acaba colaborando nesta atividade de relações públicas, pois passamos o dia inteiro passando informações, inclusive indicando este ou aquele comércio. Deixar-me-ia mais feliz se o empresariado de Cabo Frio e a própria prefeitura numa relação conjunta nos ajudasse também de alguma forma.
Não foi por falta de vontade que nós artesãos procuramos o secretário de turismo, Paulo Massa, e o presidente da ACIA, senhor José, para conversarmos sobre esta parceria que agora na alta temporada seria muito benéfica para todos, já que o fluxo de pessoas na praça e consequentemente na feirinha triplica no verão. Tínhamos em mente arrumar patrocínio para o desenvolvimento de embalagens recicláveis, cujo logotipo da empresa, prefeitura e de nossa associação haveria de ser uma ótima forma de propaganda, além de ajudar o meio ambiente. Imaginem a propagação que este projeto envolveria, já que por ali, passam pessoas de todo Brasil e inclusive do exterior. Se a prefeitura nos cedesse folhetos explicativos, mapas, folders, poderíamos estar ali distribuindo durante toda a alta temporada informações sobre os pontos turísticos da cidade, telefones de emergência etc. etc. e o mesmo aconteceria com o comércio, pois toda hora chega alguém perguntando como encontrar um bom restaurante, banco, farmácia, pousada, ora, então porque não trocamos essa parceria?
O gasto que temos com embalagens nem sempre apropriadas poderia estar sendo garantida nessa troca de favores. Além do mais, para o dono do restaurante ou outro comércio qualquer divulgação de seu estabelecimento seria imediata e atingiria de uma forma mais abrangente o turista.
Mas como nossos projetos nunca são encarados de forma séria, ficamos ali, indicando o comércio que achamos mais simpático, destituindo a idéia do turista de frequentar o comércio daqueles que nos são indiferentes (ora da vingança rsrs) e colaborando com a prefeitura de fazer o papel dela de orientar o turista, pra que ele tenha uma impressão favorável de nossa cidade pelo menos.
Vânia Carvalho
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