GRANDES FORTUNAS
Porque devemos taxar as grandes fortunas? Por algumas razões, entre elas:
1 - São produzidas através de um capital não produtivo, pois que especulativo, sem gerar um único emprego sequer.
2 - Os bilhões ganhos pelas empresas dos bilionários são de fato a renda destas pessoas, mas ao invés de serem taxadas como renda, ou seja, taxadas pela alíquota de 27,5%, são demonstradas pelas empresas como participação nos lucros, o que significa dizer que esta retirada, em muitos casos, não é nem taxada no Brasil.
3 - Outro exemplo, os bilhões ganhos em aplicações nos “mercados futuros” são taxados como investimento de longo prazo, e este capital, ganho às vezes em 10 minutos, é também taxado de forma diferenciada pela receita.
“Karl Marx já tinha descrito o processo de acumulação primitiva – notadamente a espoliação das terras comuns na Inglaterra do século XVI – como a etapa inicial do desenvolvimento capitalista; foi ele que permitiu o avanço de um capital suficiente para desencadear a revolução industrial. Todavia, pode-se estender a definição e considerar que a acumulação primitiva pela conquista dos bens, engloba igualmente a privatização de tudo aquilo que foi construído graças à fiscalização dos governos, ou seja, fruto do trabalho de todos: transportes e serviços públicos, telecomunicações, obras de melhoramento das cidades, bens culturais e paisagísticos, escolas (e mais largamente tudo o que diz respeito à cultura e ao conhecimento), hospitais; em suma, todas as estruturas que governam a vida social, desde a defesa até as prisões.”
Enfim, são apenas algumas razões que demonstram uma teratologia tributária que permite a criação desta fortuna excludente e improdutiva, e que, por esta razão conceitual, deve ser taxada.
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