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Coluna do Dr. Marcelo Paiva Paes.



De Alair a Leitão, Todos Juntos e Misturados.

Mais uma vez volto a explicar a minha tese de realizar uma eleição plural em Cabo Frio. Ou seja, uma eleição com o maior número de candidatos possível.

O fato, mais do que verdadeiro, é que vivemos em uma sociedade plural, multicultural. E esta pluralidade, esta multiculturalidade, é um fator positivo. A tese mais aceita para o grande desenvolvimento de Roma a partir dos anos 600 é a de que a cidade, pela sua posição geográfica, recebeu pessoas oriundas de vários locais da Europa. Veio gente que detinha conhecimento para mexer com a madeira, com o ferro, com o barro, com a pedra, ou seja, foi uma cidade que se desenvolveu por ser multicultural, por ser plural, e se desenvolveu a ponto de se tornar o maior império jamais visto,

Portanto, esta pluralidade é muito positiva, pois que recolhe experiências diversas e as incorpora em um arranjo produtivo único. Neste sentido, tendo uma eleição a cada quatro anos, nada melhor para uma cidade do que ela se mostrar diversa, do que ela se mostrar multicultural, do que ela se mostrar plural. Para isto é preciso que as diversas culturas que compõem a sociedade se disponham a disputar o voto. Seria muito bom se víssemos representantes de toda a sorte de cidadãos, e se pudéssemos escolher, pela maioria, aquele que mais tocasse a população.

Dirão alguns: - mas com tantos candidatos não haveria uma grande maioria, e sim uma pequena maioria! Ora, claro que não, com muitos candidatos nós saberíamos como está diversificada a nossa cidade, e caberia àquele que ganhasse a eleição saber trabalhar com esta diversidade, possivelmente convidando os representantes de alguns destes grupos a tocarem com ele o governo. Ora, se assim fizesse, o prefeito eleito iniciaria o seu mandato não com a aprovação apenas da porcentagem que nele votou, mas com o apoio de todos os grupos que estariam representados no governo. Certamente teríamos uma sociedade bem representada no poder executivo.

Do ponto de vista político, isto é bom para todos os candidatos, pois quem está com baixos índices precisa disputar menos votos, e quem está com altos índices pode até perder alguns votos. Afinal, muito diversificada, uma eleição com estas características pode fazer um vencedor com cerca de 28 % dos votos. Ou seja, quem está com 40 pode até perder pontos, e quem está com 15 precisa disputar apenas 13 pontos.

Vamos a um exemplo prático, suponhamos uma eleição com 8 candidatos, e vamos assim supor porque a cidade de Cabo Frio tem 8 pessoas se dizendo candidatas, a saber (em ordem alfabética): Alair Correia, Alfredo Gonçalves ou Bernardo Ariston, Cláudio Leitão, Froilam, Jânio Mendes, Mansur, Paulo César e Silas Bento.

Então vamos lá, vamos supor alguns números que me parecem verossímeis, não produzindo nenhum super homem, e nenhum pária.

Candidato A – 26,8 % Candidato B – 19,6 % Candidato C – 13,4 % Candidato D – 9,5 % Candidato E –  5,4 % Candidato F –  3,5 % Candidato G –  3,4 % Candidato H –  2,9 % Brancos– 2,8% Nulos – 2,9% Abstenção – 9,8 %

Não vejo porque um cenário como este não possa acontecer. E vamos além, vamos imaginar que o prefeito eleito possa chamar os candidatos C, E, F, G e H para o governo, deixando os candidatos B e D de fora por questões de oposição, e é bom que haja uma oposição. Neste caso nós teremos que desprezar os candidatos B, D e os votos nulos, pois o branco é considerado aceitação a quem ganhar. E vamos desprezar também as abstenções, diminuindo o quórum de votantes e fazendo com que este quórum represente os 100 % da cidade.

Pois bem, neste cenário teríamos o prefeito iniciando o governo com 64,53 % dos votos da cidade, ou seja, 64,5% de aprovação. Pois seriam 58,2 % dos votos em um universo de 90,2 % de votantes.

Acho que assim é que deveriam se comportar as eleições em cidades onde não há 2º turno, pois caberia ao prefeito saber incorporar ao governo aquelas conversas que em eleições onde há 2º turno passam a ser objeto, muitas vezes, de venda de apoio. Neste caso o partido não poderia vender o apoio em um segundo turno, pois ele não existe, os custos seriam menores, e a política seria maior.

Enfim, é isso. Não sei se consigo explicar melhor do que o que escrevi, talvez só falando. Mas espero que tenha conseguido me fazer entender.

Um abraço
Marcelo

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