Tenho ouvido e lido muito a palavra legitimidade sobre o
PMDB de Cabo Frio, e como tenho filiação antiga no PMDB me considero “legítima”
para falar desse imbróglio que em minha opinião prejudicou o partido e pode
levá-lo a um quadro secundário na política Cabo-friense.
Alguns analistas políticos podem avaliar a pré-candidatura
ao cargo de prefeito de Alfredo Gonçalves como ilegítima por esse ter pouco
tempo de história no partido, eu com a “legitimidade” que me cabe, discordo,
pois sua filiação foi feita com as bênçãos e apadrinhamentos dos principais
caciques do partido, Paulo Melo e Jorge Picciani, o deixando claramente
legitimado a concorrer a qualquer cargo no partido.
Já Bernardo Ariston atual presidente do PMDB tem sim a
legitimidade histórica para ser pré-candidato a prefeito, mas apesar de sua
trajetória de glória de outrora, hoje a realidade eleitoral de Bernardo não lhe
garante lastro nem para sonhar com uma mísera vaga na Câmara Municipal, ou
seja, legitimidade sem lastro é pouco importante.
Mas apesar de ambas as legitimidades a guerra instaurada publicamente
entre Alfredo Gonçalves e Bernardo Ariston arrastaram o PMDB para fora do
controle de ambos. Bernardo sem seu lastro de voto é hoje uma figurinha que irá
a qualquer momento receber uma ordem superior, e restará a ele aceitar, calado,
as ordens superiores. Alfredo Gonçalves ainda pode ser pré-candidato, mas
fragilizado pode também a qualquer momento receber uma ordem superior que pode
colocá-lo em uma situação vexaminosa como, por exemplo, figurar como vice de
Janio Mendes a quem chamou de falso, oportunista e traidor.
Eu com minha legitimidade sem lastro de votos e importância
partidária vejo com tristeza o PMDB servir como disputa por tempo de TV,
servindo de escadinha para sonhos alheios a sua tradição.
Thaís Lima é graduada em Administração e Cabo-friense de
várias gerações.
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