Alfredo, Bernardo, os Recentes Episódios e a Vitmização
na Política.
Andam dizendo que eu poderia aceitar isto ou aquilo do
governo atual e etc. Bem, devo dizer que estou fora deste governo por vontade
própria. Poderia facilmente não estar,
mas, ao contrário, estou fora desde sempre, aliás desde antes, pois já na
campanha estava com a oposição.
Quanto a algumas elucubrações acerca da história da
secretaria de Turismo de Cabo Frio, digo, novamente, que há três meses atrás
fiz uma reunião com Alfredo em que foi dito a ele que nós, Bernardo e eu, o
apoiaríamos caso ele mostrasse que tinha efetivo controle da máquina, pois aí
sim poderíamos acreditar que ele faria um governo diferente se eleito fosse,
afinal já estava no controle da combalida máquina da prefeitura. Apenas por
isso foi colocada a questão de uma Secretaria neste governo, era um exemplo. Um
exemplo usado para, na verdade, mostrar que ele não tinha o controle da
máquina. E em não tendo o controle da máquina ficaria claro que ele não seria o
candidato do governo. Neste caso ele então apoiaria o Bernardo dentro do
partido e faria um outro projeto. Foi esta a tônica da conversa, apenas
política. Alfredo não topou porque para ele a única possibilidade era ser ele o
candidato do PMDB, mesmo que ficasse claro que ele não teria a máquina. Ele
achou que teria o partido de qualquer jeito, sendo ou não candidato do
Marquinhos. Mas política não se faz com imposição de projetos, e sim com
comunhão de projetos. Sobretudo quando o projeto está ancorado numa fábula, que
era exatamente ele achar que não seria rejeitado caso não fosse o candidato do
governo.
Uma coisa é estranha, estão vitimizando o Alfredo e ele está
se deixando ser vitimizado. Sair deste processo como vítima é o pior para ele.
Ele foi agente do seu destino, ele quis esticar a corda até o fim. Por outro
lado, tenho visto os blogs dizerem que estão de olho naqueles que foram contra
o Alfredo, ora, mas todos foram. Os blogs postaram várias denúncias que associavam
parentes do Alfredo em portarias, aluguéis de casas, envolvimento com a
empreiteira, e agora, de repente, num passe de mágica, acabou tudo? Ora, não
dá.
Além do mais, é preciso que fique claro que, quando
Presidente do Poder Legislativo, Alfredo simplesmente FUGIU de uma citação da
justiça. Ou seja, o representante de um poder da República simplesmente
desmoralizando outro poder da República. E olhem que ele é advogado, mas mesmo
assim aceitou fugir da Lei para não ter que cumpri-la. Isto se esquece assim?
Depois reclamam que o Brasil é um país sem memória.
E ainda, dizer que Alfredo e Bernardo tiveram uma briga
fratricida? Mas como? Alfredo sangrou desde o início, desde quando não se
deixou ser notificado pelo oficial de justiça. Se algo o inviabilizou, este
algo foi a sociedade organizada que rejeitou aquela sua atitude, e não a
disputa interna no PMDB.
Anotem uma verdade, se estivesse em segundo lugar nas
pesquisas, jamais o PMDB o teria abandonado. E Alfredo não chegou a este
patamar porque foi muito criticado por todos. Então, se há responsabilidades
nesta perda da condição de candidato, ela não se deu pela disputa interna no
partido, mas sim pela organização da sociedade que rejeitou suas atitudes.
Sempre denunciei o erro político de Alfredo, não tinha dados
do uso da máquina em interesses financeiros como os que vi nos blogs, mas
politicamente eu realmente sempre denunciei o grande equívoco. O fato é que
Alfredo não é vítima, é agente. E que isto fique bem claro. Para sair maior
deste episódio, na minha opinião, ele deve assumir os erros, e não acusar os
outros pelo seu fracasso. E os que o estão induzindo a este entendimento
prestam mais um desserviço a Alfredo. Esta é a verdade, nua, crua, mas a
verdade.
Em breve tudo estará resolvido, e não se pode trabalhar com
raiva ou rancor. Vamos olhar, altivamente, para frente. O futuro não é nosso,
mas dos nossos filhos, a eles devemos um mundo mais justo. É nisso que
acredito.
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