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Coluna do Dr. Marcelo Paiva Paes.



Em Política, Como na Vida...

Fui interpelado por um assessor do Alfredo Gonçalves que disse que minha posição é propositalmente ininteligível, e que eu fico usando de literatura para confundir as pessoas e blá, blá, blá.

Pois bem, para que o que penso fique bem claro, resolvi pontuar e não usar a tal “literatura”. E garanto que o que vou escrever aqui é absolutamente coerente com tudo o que escrevi ao longo destes dois anos. Mas vamos lá:

1 - Defendo, desde o início, o maior número de candidatos possível. É por isso que já disseram que eu era Froilan (porque defendi que ele devia ser candidato), que eu era Silas (porque defendi que ele devia ser candidato), que eu era Mansur (porque defendi que ele devia ser candidato), agora dizem que sou Bernardo, e por aí vai. Mas o que eu sou é a favor do maior número possível de candidaturas. Em nenhum dos meus textos vocês me viram ainda pedir voto para quem quer que seja. Nunca pedi. Apenas, repito, defendi intransigentemente as candidaturas de quem se apresentava como candidato.

2 - Sou contra a candidatura do Alfredo desde o início, porque ele errou muito. Seu espaço era a terceira via. Mas ele não teve coragem de enfrentar esta realidade, preferiu ir pro lado do governo, e desde que isto aconteceu critico esta história.

3 - Não aceito como tese o fato de que ele deva ser candidato apenas porque agora, aos 45 do segundo tempo, rompeu com Marquinhos. Marquinhos não está em questão, mas o governo sim. Ele nomeou nestes anos todos dentro do governo, foi chefe de gabinete, e agora diz que brigou com Marquinhos, mas continua tentando reagrupar as pessoas que beneficiou com o uso do governo. Em política há uma fila, se rompeu agora, se apenas agora viu os seus erros, o seu lugar é no fim da fila.

4 – Também sempre deixei claro que para mim ele não conseguiria levar a candidatura no PMDB. Entretanto acho que o PMDB devia ter candidato, porque sou a favor de várias candidaturas, e não porque sou a favor do Bernardo, é diferente. O problema é que Alfredo não tem afinidades no PMDB, ele só tem a promessa do Paulo Melo, e isto em política é pouco. Então, sabendo que ele não tinha chances reais no PMDB, defendi, e defendo, que talvez o Bernardo conseguisse convencer o partido do seu nome para candidato. Afinal ele tem uma história no Partido, foi deputado, e isto conta em política, queiramos nós ou não.

Bem, acho que estas quatro premissas explicam a posição que o assessor do Alfredo diz não ter conseguido entender. Ah, sou contra o governo, e sou contra o candidato do governo, portanto se Jânio for para o lado do governo, serei contra a candidatura do Jânio, mas defendo que ele seja candidato.

Apenas para reforçar, não defendo a candidatura do Alfredo porque tenha problemas com ele, ou porque prefira o Bernardo, não é nada disso. Respeito Alfredo como cidadão, mas politicamente ele está erradíssimo. E agora está jogando com o sentimento de comiseração das pessoas, está fazendo uso político das suas agruras. O fato é que, em política, o Alfredo perdeu as condições de tentar ser candidato. Para piorar, agora erra melancolicamente nas suas ações ao tentar passar a imagem de um pobre coitado traído, e ao buscar reaproximar-se do Alair. É melancólico. Será que ele não enxerga o passado, será que ele quer que esqueçam de tudo? Assim, num passe de mágica? Bem, ele pode até querer, mas a vida não é assim.  Na vida até se perdoa, e ele está perdoado. Mas isto não lhe dá salvo conduto para continuar um processo pessoal de resgate político de si mesmo a partir da comiseração. E é lícito que se interprete esta atitude de aproximação ao Alair, depois de tudo, como oportunista, pois um mínimo distanciamento ético era imperioso.

Porém, como eu defendo uma candidatura no PMDB, não posso ficar defendendo uma história inviável no partido, o que me resta é tentar uma outra alternativa. É apenas isso. Se Alfredo estivesse no PPS eu defenderia a sua candidatura. Mas ele não teve coragem para se manter distante do governo. Ele quis e muito ir para o lado do governo.

Bem, acho que está explicado, e agora sem literatura nenhuma.

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