Cabo Frio, e a Sua Nova Realidade.
- A derrota do Comilão é algo a
ser comemorado por todos. Com uma prática política falida, pautada na cara de
pau, no fingimento, e naquela vontade de ser um “malandro agulha”, como
chamamos no Rio de Janeiro aqueles bobos que se acham espertos porque ficam se
enfiando em tudo o que conseguem, a sua derrota é redentora para a cidade.
- Por outro lado, a vitória de
Wanderlei Bento como mais votado da cidade mostra que Alair estava certo ao
buscar a parceria com Silas Bento. A família foi humilde na campanha, não
brigou por espaços, não deu cotovelada em ninguém, mas tem agora muito a
comemorar. E, evidentemente, justo como parece ser, Alair saberá reconhecer a
atitude dos Bento durante a campanha, dividindo com sabedoria as
responsabilidades do governo.
- A eleição de Vinícius Correia é
também um fato a ser comemorado. Vinícius é uma pessoa esclarecida, e poderá
contribuir muito para o processo de abertura democrática da do governo, fazendo
com que Alair seja mais um ouvinte esclarecido dos anseios da população
trazidos pela classe política, do que um mandatário fervoroso, pouco afeito a
dividir o poder e as responsabilidades.
A Câmara tem muitos jovens
vereadores, e poucos decanos. Por um lado é bom, pois oxigena, porém por outro
perde em maturidade gerencial e administrativa. Luiz Geraldo me parece o
vereador mais capacitado neste momento para estas funções. Isto não quer dizer
que todos não possam fazê-lo, ao contrário, todos são capazes, pois para fazer
o bem basta se querer. Mas é que algumas armadilhas existem nesta burocracia, e
às vezes a experiência conta muito.
É gratificante ver o esforço do
Emanoel Fernandes recompensado. Bem como assistir a eleição do Dr. Adriano se
concretizar. E ver Tamoios colocar um vereador na Casa de Leis.
- O fato é que temos novos nomes
no cenário político de Cabo Frio, ao lado de alguns velhos nomes que mostraram
o seu cacife. Que eles se entendam, e que sejam adversários apenas quando as
campanhas chegarem, e não na condução dos mandatos para o qual foram eleitos.
Ou seja, que eles não façam dos seus mandatos trampolins para vôos futuros,
pelo menos não desde agora. A eleição tem a sua hora, e a República os seus
Poderes. Que eles exerçam com dignidade e honradez este de poder que a
República colocou sobre os seus ombros.
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