MOBILIDADE URBANA EXISTE NA SUA CIDADE?
A IMPORTÂNCIA DA MOBILIDADE URBANA
SUSTENTÁVEL
Amigos leitores hoje um dos
grandes desafios das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo é a
mobilidade urbana. Saindo da realidade e passando para a ficção, quem dos
senhores (as), tem mais de 35 anos e não sonhou em ver taxis e carros voadores,
sim isso quem não imaginou a partir do ano 2000 em poder pegar seu carro ao bom
e velho estilo George Jetson's, ou quem sabe como Bruce Willis em o Quinto elemento voando
pelas aeropistas de Nova York. Porem como essas opções ainda não existem em
nossa realidade, temos nos carros, ônibus e caminhões a nossa fonte de
deslocamento e nada de aeropista, são pelas ruas e estradas mesmo. Porem com os
valores dos veículos, as formas de financiamento e na maioria das vezes o
descaso do poder publico com relação a uma política descente de mobilidade
urbana sustentável, o mundo caminha para um grande funil. Hoje o grande
problema dos centros é a paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e
combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação
do espaço público. Segundo algumas pesquisas só no Brasil, a frota de
automóveis e motocicletas teve crescimento de até 400% nos últimos dez anos.
E importante o leitor entender
que segundo a definição, mobilidade urbana é o resultado da interação dos
deslocamentos de pessoas e bens entre si e com a própria cidade. Isso significa
que esse conceito vai além do deslocamento de veículos ou do conjunto de
serviços implantados para estes deslocamentos.
Porem quando se trata de
mobilidade urbana sustentável, a coisa muda um pouco de figura, ou seja, pode
se entender como o resultado de um conjunto de políticas de transporte e
circulação que visam proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço
urbano, através da priorização dos modos de transporte coletivo e não
motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente
sustentável.
Então não seria apenas asfaltar
rua e facilitar financiamento de carros ou aumentar linhas de ônibus que se
resolve esse problema, hoje a mobilidade urbana sustentável envolve a
implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens, VLT, ônibus
"limpos" de preferência com um combustível menos poluente, integrado
a ciclovias, esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade, ou quem sabe
construção de alguns teleféricos para as regiões mais elevadas como é o caso do
plano inclinado em Salvador ou ate mesmo o teleférico que liga o conjunto de
Favelas do Alemão no RJ, só não precisa construir em cima de um topo de morro
como fez o Governo federal, pois se trata de uma APP.
Mas o processo de mobilidade não
é para só em veículos, de que adianta isso tudo e não ter calçadas niveladas,
sem obstáculos para quem as usa, e óbvio não esquecendo que as mesmas calçadas
meios de transporte sobre trilhos, rodas ou planos inclinados, acessos aos
meios de transportes todos sem exceção, dever esta integrados a realidade da
acessibilidade.
De acordo com o International
Transport Forum, o setor de transporte é responsável por cerca de 1/4 das
emissões dos chamados Gases do Efeito Estufa – GEE, na maior parte devido ao
grande crescimento da frota de carros e caminhões, e o aumento de usuários no
transporte aéreo. Um crescimento de 45% de 1990 a 2007. Creio até que os números surpreendam porem
não é nenhuma novidade que ônibus, carros e aviões poluem com seus escapamentos
e que contribuem para o aumento dos gases do efeito estufa. Porem entrando pela
ceara da política, se observarmos o Brasil, por exemplo, a malha rodoviária
recebeu grandes incentivos a partir da década de 50, o que possibilitou o seu
rápido crescimento, principalmente devido a introdução da indústria
automobilística no país.
Na ultima crise o que fez o
governo Lula, optou em baixar os impostos dos veículos visando de uma forma
desesperada salvar a economia do país, e com isso aumentou a venda dos carros
de passeio de uma forma que até hoje o pais não consegue controlar nem os
carros nem as emissões, a prova disso e que São Paulo já adota a alguns anos o
rodízio de carros, outro dia estava em São Paulo e perguntei a um amigo meu, o que ele
fazia quando o rodízio caía na placa dele (para quem não sabe uma vez por
semana dependendo da placa alguns carros deixam de circular nos horários de
ponta), ele mês respondeu.
Eu vou com o carro da minha
esposa. E eu pensei de que adianta o rodízio se ele sai de carro do mesmo
jeito, porem como é meu amigo e para não perder a amizade mudei de conversa e
perguntei se ele achava que o Palmeiras iria cair para segunda divisão já que
ele é São Paulino.
Um dado interessante menciona que
o país possui uma frota de mais de 61 milhões de veículos e este número cresce
a cada dia.
Hoje em minha opinião o maior
problema esta como sempre na falta de planejamento, hoje a falta de
planejamento urbano é um dos maiores impactos ambientais associados a
mobilidade urbana, pois as cidades não estão conseguindo trazer soluções para
essa necessidade de se movimentar da população, ou seja hoje existe um
crescimento que não e proporcional as
condições básicas de vida da população, e muito menos, a sustentabilidade.
De que adianta uma cidade como
Cabo Frio fazer reformas de praça, calçamento de ruas permitir construções de
empreendimentos que a cidade não planejou para ter, se la na frente a cidade
vai alcançar o tal funil que no inicio dessa coluna em mencionei, e ai o que
fazer para receber mais carros do que a cidade comporta, ou quando começar
acontecer engarrafamentos que não são típicos de uma cidade com as
características de Cabo Frio, e isso gera mais poluição ambiental, mais pessoas
em pontos aguardando ônibus e um verdadeiro caos nas calçadas onde fica a
mobilidade urbana sustentável nisso?
O Município precisa realizar
planejamentos que vão desde os básicos até investimentos mais audaciosos,
visando adotar uma apolítica verdadeira de Mobilidade Urbana Sustentável e isso
também esta relacionado a criação de condições para um equilíbrio entre
moradia, transporte, circulação de carros e pedestres, manutenção de áreas
verdes, etc.
Eu sou Charles Domingues, Gestor Ambiental e Químico. Não
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