Sei que os queridos leitores já
devem estar chocados com a linda história do peixão de mais de oitenta e cinco
mil reais que contamos acima, mas como desgraça pouca é bobagem traremos a você
leitor algumas partes do Projeto de Lei 131/2012 enviado a Câmara de Vereadores
pelo Sr. Marcos Mendes através da mensagem 52/2012 e que estará em pauta na
sessão de hoje a noite.
Na referida mensagem o digníssimo
prefeito solicita a prefeitura que conceda o prédio público de dois andares, construído
na praça mais cara do interior do estado do Rio de Janeiro, a “empresa
individual” Alessandra Aguiar Peres CNPJ 16.871.215/0001-18 sob forma de sessão
de uso gratuito por prazo determinado, só que o nosso amado prefeito em um
lapso de memória esqueceu de afixar na mensagem qual seria esse prazo
determinado, deixando assim o prazo eterno e sem um fim especifico.
Nosso querido prefeito não
explica também na mensagem porque os donos das pranchas de surf, Sr. Telmo, não
é nome da “empresa individual”, ué seria porque o Sr. Telmo tem alguma forma de
vínculo com a prefeitura?
Agora vem outra parte bem
interessante da mensagem carinhosa de Marcos Mendes a Câmara de Vereadores, nosso
amado prefeito além de conceder o prédio público de dois andares eternamente ao
Sr. Telmo ou a “empresa individual” (como preferir) autoriza que os mesmos
recebam R$ 3,00 de cada visitante e que o valor poderá ser reajustado
anualmente conforme a correção monetária vigente no município.
É um escândalo imaginar que uma
coleção particular possa ocupar eternamente um imóvel público e que esse imóvel
passe a dar uma receita infinita de renda a seu novo “dono”, gastar 10 milhões
de reais para ajudar colaboradores de campanha é inadmissível, aquele prédio é
nosso (população) e não pode ser doado eternamente a uma única pessoa, Cabo
Frio não é a casa da Mãe Joana e nossos vereadores têm por obrigação zelar
pelos nossos interesses, é preciso dizer não a esse contra-senso que é o Museu
do Surf.
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