O LIXO, O MUNICÍPIO E AS SOLUÇÕES
A situação da gestão dos resíduos
sólidos urbanos na região dos lagos obteve enormes resultados com relação aos
serviços de coleta nos últimos anos principalmente com a promulgação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Mas quando nos atentamos para a
realidade, observamos problemas na logística ora praticada pelos municípios, a
maioria dos procedimentos de coleta é efetuada sem levar em conta o manejo
diferenciado dos resíduos, coleta seletiva então nem se fala, muito poucos
avanços foram observados, e grande parte desses resíduos ainda estão sem
tratamento e destinação final adequados.
A meu ver a grande maioria dos
municípios solicita o orçamento publico “isso quando prepararam o seu plano de
gestão”, mas não se preocupam com o desenvolvimento institucional, sua
capacidade de operação, assim como na realidade não demonstram em seus
projetos, oportunidades não só para melhoria das questões ambientais, como
também de retorno financeiro, o que sinceramente e uma falta de inteligência
incrível. “Literalmente estamos jogando dinheiro no lixo”.
Não são poucos os municípios que
até mesmo implantaram seus projetos, mas na maioria dos casos em pouco tempo,
por total falta de manutenção adequada o mesmo é abandonando tornando-se lixões
a céu aberto ou mesmo sucatas de equipamentos em galpões e edificações
destruídas. Se o leitor quiser entender melhor a situação, comece a procurar
pela cidade, quantas cooperativas para reciclagem de resíduos sólidos existem,
ou melhor, qual foi o investimento feito para que essa cooperativa acompanhe as
necessidades da cidade no que se refere ao lixo? Na verdade se trata de uma
grande batalha campal a sobrevivência da Cooperativa, para processar os seus
resíduos, transforma-los em dinheiro e ainda suprir as necessidades de seus
cooperados sem contatar que ninguém se preocupa com o catador. Esta tudo
errado, estamos na contramão da sustentabilidade, e isso nos coloca em rota de
colisão com doenças que já deveriam ter sido erradicadas, com vetores, insetos
impactos visuais, e até por que não dizer, vamos disputar espaço com o lixo,
sim por que os aterros sanitários tem seus limitantes, e o maior deles é o
espaço físico.
Amigos leitores, aterro
sanitário, não é um processo mágico que faz o lixo desaparecer. Não!!!!
Trata-se de um espaço físico previamente projetado para receber rejeitos, e não
resíduos como vem acontecendo, e já nasce com data para acabar.
Estudos comprovam que soluções
podem ser adotadas visando minimizar esse impacto, hoje eu trago para o amigo
leitor uma solução que muitos municípios não fazem muita questão de divulgar,
acredito que até por falta de conhecimento técnico de quem administra
determinadas “pastas”. Os consórcios para a gestão de resíduos sólidos pode ser
uma solução para um problema que parece sem fim. Pois os consórcios inserem
nesse contexto, a possibilidade de uma gestão integrada dos resíduos.
Amigos a racionalização dos
esforços integrando-os tende a minimizar os valores de investimentos, agrupar
os processos de planejamento e gestão e dar um salto na utilização de
tecnologias e na melhoria da execução dos serviços. Os consórcios tem um
fundamental papel na política, pois obrigatoriamente faz com que os municípios
conversem entre si visando integrar os seus sistemas de limpeza urbana, fora
que os municípios ganham força quando em consorcio, haja vista passarem a
negociar com outros interlocutores, como as companhias estaduais de saneamento,
empresas interessadas na implantação e/ou operação dos serviços, os fornecedores,
pois se trata de serviços com maior ordem de grandeza. O mesmo se dá para
tratamento de resíduos da construção ou para a comercialização de materiais
recicláveis.
O poder de negociação passa a ser
outro, fortalecendo sobremaneira os municípios. Significa em outras palavras a
racionalização da prestação dos serviços principalmente no que diz respeito aos
custos dos mesmos. É política do “juntos somos mais fortes”.
Se o município não divulga, nós o
fazemos, pois é de suma importância um plano adequado de manejo e destinação
dos resíduos sólidos assim comoo conhecimento por parte da população com
relação às soluções existentes.
Existe saídas o problema é querer
por em pratica, lembrando que os consórcios que eu menciono estão inseridos na
da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 02/08/10), em seu Art. 45.
Deixo a pergunta alguém viu o
plano municipal de resíduos sólidos?
Pois é!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu sou Charles Domingues, Gestor
Ambiental e Químico. Não deixe de acompanhar o meu blog www.charlesdomingues.blogspot.com
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