Retrospectiva Alfinetadora
Nesses 3 (três) anos frente a
instituição que presido encontrei de tudo nessa cidade. Conheci e aprendi muito
com pessoas inteligentes, atenciosas e dinâmicas com a diversidade da vida, mas
também sofri e esbravejei por diversas vezes com pessoas retrógradas, demagogas
e intolerantes.
Fui capaz de entender as
dificuldades, mas também de reconhecer a falta de interesse e o prazer em dizer
não.
Nos órgãos governamentais a educação e a assistência social foram nosso braços de apoio e acolhimento para nossas necessidades de trabalho do nosso segmento.
Mas notei que a Saúde juntamente
com o Programa de DST/AIDS não tiveram o mesmo tino e não deram abertura, assim
como não cumpriram pactuações feitas em âmbito Nacional
com o Movimento LGBT, como o diálogo com o movimento social para a elaboração
do PAM (Plano de Ações e Metas), bem como o apoio a iniciativas de prevenção em
grande escala como nosso Projeto Folia Preventiva no Carnaval.
A secretaria de Cultura além de
jamais apoiar um evento LGBT fez questão de abrigar e passar as mãos na cabeça
de um neonazista que me ofendeu, discriminou e por pouco não me agrediu.
Tentei buscar com a Secretária de
Assistência Social junto ao Governo do Estado a “Jornada Pela Cidadania” que
visava capacitar os servidores municipais da área de saúde, cultura, educação e
assistência social, mas infelizmente por não conseguirmos a sonhada
intersetorialidade o evento não saiu do papel.
No meu campo pessoal e
profissional nos últimos meses desse ano fui perseguido por minha afinidade
política pessoal e pela desenvoltura dos meus horizontes e chutei o balde
quando me vi cerceado da democracia e dos meus direito de liberdade garantido
pela constituição.
Sou prático e bem detalhista
jamais deixaria de reforçar e aplaudir todas as parcerias e iniciativas de
apoio a defesa da Dignidade Humana das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais.
Mas ressalto também que no ano
subseqüente com nossa Parada do Orgulho LGBT na Praia do Forte, com nossa voz
ecoando daremos adeus e uma grande vaia aos perseguidores, demagogos e
intolerantes de nossa cidade.
A diversidade cultural,
filosófica, étnica, e sexual deve ser respeitada por todos e principalmente
dentro da gestão pública afinal cada funcionário e gestor frente a uma função
dessas deve realmente primar por governar por todos.
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