É Aceitável influenciar a decisão Religiosa
de crianças?
A coluna de hoje traz à tona um
assunto delicado que aflige vários setores da nossa sociedade. Nesta ocasião,
vou deflagrar essa problemática nas escolas.
Infelizmente, as escolas do município de Cabo Frio continuam infringindo nossa constituição no que tange a laicidade do Estado. Ocorre que, na entrada do turno das escolas de primeiro segmento, os educadores fazem a execução de hinos religiosos de adeptos do cristianismo, causando uma grande polêmica em torno desta questão.
O que me faz questionar sobre isto é, simplesmente, pelo seguinte ponto de vista: Ora, se a sociedade geralmente não tem interesse em rotular as crianças como adeptas de partidos políticos A ou B e acredita que as mesmas não têm discernimento suficiente para tais questões e para as relacionadas à sexualidade, me pergunto se é aceitável influenciar a decisão religiosa das crianças?
Algumas pessoas, desprovidas intelectualmente, afirmam que as questões políticas envolvem grandes escândalos e são uma temática complicada, bem como acham complicado explicar questões relacionadas à sexualidade as crianças. Mas, desconsideram esses mesmos fatores correlacionados às questões religiosas, como os grandes escândalos envolvendo diversos líderes religiosos (abuso sexual, desvio de dinheiro, usurpação de patrimônio etc.) e, também, a alienação por parte dos mesmos.
Sou evangélico e adorador do Deus
vivo assim como muitos evangélicos, mas nessa minha defesa, me amparo pelo
ponto de vista religioso, sigo um dos principais versículos e mandamentos
bíblicos que pede: Dai a César o que é de César e dai a Deus o que é de Deus
(MT. 22:2). Neste sentido, agindo e sendo contra essa maneira de influenciar a
decisão religiosa alheia, atendo ao que diz César (nossa constituição) e peço
mais respeito à nossa laicidade. Será que é pedir muito?!
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