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Reflexões Sobre Rafael Peçanha.



O Amigo (espero que possa tratá-lo assim), blogueiro e professor Rafael Peçanha disse em seu blog e facebook que foi “perseguido” ao ser recolocado de volta a Escola Municipal Edith Castro dos Santos, em Tamoios. Rafael também tem sido autor de duras críticas a pessoas de nosso governo, incluindo aí prefeito e secretários, fugindo do legítimo direito de opinião a que todos temos direito, com isso resolvi fazer algumas observações e analises sobre o momento que vive Rafael Peçanha.

Seria o Distrito de Tamoios “Terra de Leprosos”?

Mas fico me imaginando o que seria a perseguição! O Distrito de Tamoios é local de leprosos? O Distrito de Tamoios é feio? Os alunos de Tamoios são fedorentos, piolhentos, catarrentos? Afinal dar aula, morar, passear, se hospedar em Tamoios é “castigo”? Minha sogra, sogro, cunhado, cunhada, moram e trabalham em Tamoios, seriam eles alvo de “perseguição” e “castigo”?

Acho que Rafael foi no mínimo infeliz ao citar tamoios como local de castigo para uma perseguição eu que tenho parentes e amigos lá sei que Tamoios ainda será uma linda cidade, e hoje já é um local especial para se visitar e morar.

Sobre o remanejamento.

Rafael Peçanha também afirmou que por “n” motivos seu remanejamento era legal, e que sua volta ao Distrito de Tamoios para lecionar era ilegal e “perseguição”, que abrirá processos para ser recolocado de volta a Escola Rui Barbosa no Centro de Cabo Frio.

Como todos sabemos e foi amplamente mostrado na TV, inclusive no próprio blog de Rafael, a Secretaria de Educação vem sofrendo para completar seu quadro de funcionários e é claro que querer que os concursados trabalhem onde são lotados é uma forma imediata de suprir esse problema.

Outro ponto importante sobre o remanejamento de Rafael é que ele não estava em sala de aula no ano passado, mesmo ainda no período probatório o que lhe obrigaria a estar em sala de aula, Rafael esteve lotado nesse período no gabinete do meu querido amigo Hélcio Azevedo, secretaria de governo de Marcos Mendes. Portanto Rafael Peçanha não é detentor do direito de ser remanejado de um local que ele não estava.

Rafael Peçanha tem sido justo?

Vários companheiros como Adalberto Porto, Valdemir Mendes, Edinho Ferro... foram de forma infeliz avaliados por Rafael como menos preparado, por em comparação aos secretários do governo passado terem eles menor formação acadêmica, como se a formação acadêmica desses ex-secretários tivessem salvado a cidade de um caos administrativo, foi um governo de “doutores” que arruinou nossa cidade. Avaliar a capacidade por um diploma é justo?

Rafael Peçanha tem sido justo com Alair Corrêa?

É cabível que um prefeito como Alair, que trabalha no mínimo 14 horas por dia, que é reconhecido como o melhor prefeito de nossa história, que tem 42 anos de vida pública, que tem filhos e netos seja atacado pessoalmente por um funcionário público que nem ao menos esteve lotado na função de seu concurso? E vale lembrar isso desde a sua investidura como professor da rede municipal!

Estaria Rafael Peçanha em condições isentas para ser um implacável crítico de Alair ou se arvorar em defensor dos funcionários que realmente trabalham?

Vale lembrar que junto com Rafael Peçanha estavam lotados na Secretaria de Governo (da gestão passada) 150 funcionários para trabalhar em uma única sala de 20m quadrados. Rafael em que pedaço da sala você ficava trabalhando? Qual era a função?

O Professor Rafael Peçanha é o independente porta-voz dos funcionários públicos? Mas o mesmo Rafael não é o porta-voz que sobrou do grupo político de Janío e Marcos Mendes?

Voltando a falar sobre Alair Corrêa, quando Rafael Peçanha precisou fazer sua monografia para completar o curso de professor em História, pediu ajuda a Alair sobre história local e prontamente foi atendido e, mesmo sendo essa pessoa um desconhecido, ele (Alair) dedicou o seu tempo apresentando um trabalho em várias laudas, sendo inclusive citado em sua monografia. Pode agora esse mesmo político ser enxovalhado por essa pessoa que se beneficiou do seu trabalho feito com toda boa vontade e carinho?

Rafael enquanto esteve trabalhando com mais 149 funcionários na Secretaria de Governo jamais se pronunciou sobres as CENTENAS DE CASOS DE CORRUPÇÃO do governo anterior, como por exemplo: Marlim de Ouro que custou 86 mil reais, empresa fantasma que fornecia café para o “café dos trabalhadores”, cooperativa fantasma que fazia os uniformes e mochilas das crianças, a sede da cooperativa de costureiras era em uma empresa de energia, a licença do prédio construído em frente à Praça da Águas, o Club Med, o Shopping Parque Lage, as 12 casas na área do Catão, o superfaturamento das obras como Estrada da Integração que jamais foi construída, o escândalo da SECAF, as áreas da praia reservadas em decreto para hotéis e que liberaram para as construções de prédios residenciais, o desvio do remédio Tamiflu enviado pelo governo federal, a falência a que levaram a Saúde Pública e o enriquecimento da saúde privada (dos próprios) e tantos outros estragos à economia popular.

Como professor, que infelizmente não estava em sala de aula, não viu as escolas caindo, chovendo dentro, que obrigou ao novo governo Alair reformar em prazo recorde 60 dessas escolas. Tudo isso aconteceu na frente do Rafael Peçanha, mas ele estava em silêncio lá na Secretaria de Governo.

Onde estava Rafael Peçanha quando Chicão foi expulso de Faculdades e Escolas Privadas por não se calar diante a tudo que Rafael silenciou? Onde esteve Rafael quando a esposa do Chicão foi proibida de trabalhar ou mesmo fazer um curso? Onde esteve Rafael Peçanha quando Chicão foi ameaçado de morte?

Rafael me escute, dar aula em Tamoios não é sofrer perseguição, sofrer perseguição é ter seu filho no ventre de sua esposa grávida de 8 meses ameaçados de morte caso nasça em um hospital municipal, o Hospital da Mulher. E Rafael eu também não vi você quando eu era perseguido e ameaçado de morte por defender essa cidade!

Agora leitor ficam as perguntas:

- Será que o Rafael Peçanha de hoje é tão combativo quanto no tempo que viu em silêncio a falência da cidade de dentro do Gabinete do Hélcio? Será que a crítica de Rafael Peçanha tem legitimidade? Podemos falar em perseguição de um funcionário concursado que jamais esteve dentro da sala de aula? Dar aula em Tamoios é perseguição? Porque tanto silêncio no governo anterior e tanto combate agora?

Bem leitores! Essas avaliações são de vocês.

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