Jogaram para debaixo do nosso tapete
Muitos moradores de Cabo Frio,
assim como eu, vieram atrás de paz e tranquilidade, a maioria fugindo da
violência dos grandes centros e procurando melhor qualidade de vida.
Quando aqui cheguei, em 98, eu mal ouvia falar de crimes, alguns assaltos lá e cá, mesmo assim só pelas bandas da periferia. Algumas desovas eram feitas nas dunas, por conta de dívidas do tráfico, porém o tempo foi passando e a violência não só aumentou como chegou agora a toda Cabo Frio.
Crimes que só ouvíamos falar na TV em centros urbanos mais populosos, agora também atingem nossa cidade, numa realidade quase constante. Hoje o medo toma conta da população, que assistem inseguras a crescente onda de estupros, assaltos, assassinatos e demais atividades do crime organizado. Pois é, o crime organizado chegou a Cabo Frio fechando escolas, comércios e aterrorizando moradores, assim como acontece em metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo.
Em março de 2012, me lembro da visita de Marcelo Freixo ao nosso município para realizar uma audiência pública que trataria da Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, além da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj, uma penca de autoridades estavam presentes na Câmara Municipal, inclusive o deputado Janio Mendes, vereadores, comandantes do Batalhão, policiais, sociedade civil enfim, vários assuntos foram discutidos na época, mas parece que na prática nada adiantou.
Estranho foi ver hoje, o próprio Marcelo Freixo criticando o modo como foi feito a operação que matou o temido traficante Matemático, causando uma grande polêmica nas redes sociais,
A sociedade chegou numa situação tal, por conta da violência e da própria impunidade, principalmente por crimes cometidos por menores, que os valores em defesa da vida humana estão sendo trocados pela defesa de que bandido bom é bandido morto. Isso causa muitas controvérsias, já que a vida tem se tornado tão descartável nas mãos de tantos deliquentes, que a Lei de Talião daqui a pouco pode se tornar uma realidade.
Para nós moradores de uma cidade até então pacífica, conviver com essa onda de insegurança está se tornando cada vez mais difícil, espero que providências sejam tomadas urgentemente, pois não podemos mais aceitar que nossos filhos, nossas casas, nossos bens, nossas vidas estejam a mercê da própria sorte.
O paraíso foi tomado de assalto pelas facções herdadas da capital e o governador Sérgio Cabral tão amigo de nosso deputado poderia estar olhando para o interior que virou abrigo ou tapete da sujeirada que jogaram para debaixo dos nossos narizes, com o fracasso das UPPs instaladas nos morros cariocas.
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