BOLERO DE RAVEL
Durante um longo período em minha
vida sofri de uma insônia irrefreável e com ela aprendi forçadamente a consumir
as horas madrugais criando um nocivo hábito de levar trabalho para casa, isso
quando não virava noites no próprio escritório.
Os anos se passaram e com o
advento da internet apareceram os cursinhos gratuitos à distância que rolam
soltos em muitas universidades, na página da CGU, pude fazer alguns.
Também tirei proveito de minha
disfunção sonífera escrevendo textos, ensaios, poesias. A leitura também servia
para ocupar-me da euforia adrenalítica cerebral que me arrebatou durante este
período.
Foi combatendo o silêncio das
horas que me enamorei com a música clássica. Com o CD tocando no computador
enquanto eu trabalhava, fui aprendendo aos poucos a separar um de meus ouvidos
para os mestres da música clássica como Bach, Randel, Mozart, Vivaldi e outros,
e o outro ouvido para minha paixão pelo pop com os Beatles, Bob Dylan, Karen
Carpenter, Janis Joplin, Jim Morrison e outros.
Observando as críticas que o
prefeito Alair Correa vem recebendo da mídia de oposição e analisando o momento
que a atual administração vive em Tamoios, percebe-se que a oposição corre
contra o tempo, contra um tempo que jamais virá.
O tempo do Sr. Marcos Mendes
passou e jamais retornará. Tudo se acalmará quando a partir do ano que vem,
teremos uma Lei Orçamentária mais sensata e coerente do que esta que foi
aprovada em 2012 para o exercício de 2013.
O governo está acontecendo e
segue constante com a pressa que o orçamento. A oposição está fazendo seu
trabalho que é ignorar os acertos e divulgar os erros com acento circunflexo.
Todavia, a oposição carece de credibilidade e história, não se pode esperar
dela grande coisa.
Em Tamoios, aos poucos as vozes
se calam sob as pedras portuguesas das ruas recém- calçadas, ou pelo excelente
trabalho realizado na moralização da saúde (desmoralizada pelo ex-governo) ou
pelo satisfatório trabalho da limpeza e da ordem pública. Afinal, a eleição
acabou e os derrotados que depuseram as armas são hoje cidadãos torcendo por
uma cidade mais limpa, justa e mais digna.
Avalio o governo municipal como o
clássico Bolero de Ravel, constante, evolutivo, abrindo os trabalhos pelas
suaves cordas, com a percussão suave ao fundo sonolenta, porém irritantemente
constante seguido depois pelo sopro com a evolução do timbre da percussão
tirando a sonolência e nos sequestrando com sua cadência, no final somente a
percussão se estabelece, soberana, inflexível, contundente e cadenciada.
Assumindo o papel de coluna vertebral do arranjo melódico e seu timbre alto e
grave nos faz pular das cadeiras e nos hipnotiza como raios no horizonte
nublado.
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