Por Gilmar Aguiar
O primeiro ano da administração
Alair Corrêa está terminando e algumas avaliações já podem ser feitas, sem o
compromisso passional de quem coloca o homem acima do projeto e nem subestima a
capacidade administrativa do homem ante o projeto.
Assim como Sabino em Rio das
Ostras, Dr. André em Búzios, Miguel Jeovani em Araruama e Dr. Aluízio em Macaé,
o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa também passou as primeiras milhas de sua
navegação num mar bravio, com o navio fazendo água orçamentária que acabaram
por produzir enjôos na tripulação e tédio nos passageiros.
Alguns destes prefeitos passaram
por uma transição orçamentária constituída por grupos que não retornariam ao
poder e para piorar a situação, as previsões se tornaram uma armadilha com a
queda dos royalties previstos para 2013.
Embora a guerra eleitoral entre
os grupos dominantes em Cabo
Frio, continue a fazer a alegria dos profetas do apocalipse
que povoam a mídia, o prefeito com algum sacrifício vem conseguindo manter o
mínimo de controle sob a administração pública.
À exceção da problemática do
PCCR, a ficha vai caindo aos poucos sobre a necessidade de enxugar a máquina e
torna-la mais competitiva, deixando duas interrogações para o próximo
orçamento: A primeira diz respeito ao estilo excessivamente centralizador do
prefeito que cria bolsões de ar nos departamentos que não têm autoridade para
decidir sobre suas pastas. A outra é sobre os dispositivos orçamentários que o
prefeito vai criar para resolver a insolvência da queda dos royalties para
cumprir suas metas.
Apesar destas dificuldades
podemos observar em Tamoios, apesar da freada de aplicações de recursos
previstos, a questão da saúde vai dando contornos de excelência administrativa.
Os aparelhos de saúde contam com uma dezena de PSF´s, dois postos de saúde, um
hospital ambulatorial e uma UPA. O novo hospital está em fase de licitação. A
única discrepância que desumaniza o sistema é forma colonial da marcação de
consulta que não está automatizada.
Na educação, a Escola Técnica
Nilo Batista está recebendo atenção especial e o problema de vagas foi suprido,
embora ainda falte apresentar uma reforma de ensino que torne Cabo Frio um
município de ponta que mais aprove nos concursos federais.
As ruas que estão sendo
pavimentadas já superaram em muito o último mandato de Marquinho Mendes e a
coleta de lixo está eficiente e modernizada nas boas mãos de Hugo da Consercaf,
embora a ordem pública nas mãos de Vicente estejam precisando urgentemente de
reforço.
A unidade do DPO que no último
ano iniciou uma reforma através da parceria com os comerciantes, está sendo
concluída pelo governo municipal que assumiu a responsabilidade ante a
inoperância do governo estadual e seus aliados.
É preciso que se diga que diversas
atividades de cidadania estão sendo realizadas em Tamoios através de suas
coordenadorias, porém com a participação minúscula da população e sem que esta
tome conhecimento de suas realizações.
Isto se deve a opção insistente
pela opção barata que o prefeito fez pela internet, como único veículo de
comunicação entre as ações da prefeitura e um povo carente que entre dez
moradores apenas dois tem computador e apenas um tem internet domiciliar.
Talvez venha daí a rejeição que o prefeito ainda insiste em Tamoios.
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