Foi bom sentir o velho gosto
jornalistico novamente, adormecido desde meus bons tempos no bravo Lagos Jornal.
Aquele misto de satisfação ao
atingir o alvo em cheio numa determinada matéria, ver o bicho saltar com o
impacto do petardo e curtir o sádico mas vitorioso prazer de perceber, no
grunhir do moribundo, uma vaga ameaça impotente – na realidade, um estertor
derradeiro do vencido.
Constatar que o alvo acusou o
golpe é meu recibo de estar com a razão, pois os justos não revidam.
Para começar meu texto, devo
abrir um parêntese para esclarecer que, em que pese algumas divergências
particulares com o amigo Álex Garcia – e com o Sr. Ima de Confusão, quem não as
tem? - as mesmas se resumem á opiniões minhas sobre vocabulário, algumas
atitudes incompreendidas de ambas as partes e sua subsequente irritação e mal
humor – com direito mesmo á palavrões murmurados no íntimo. Isso posto devo
dizer que, contrariamente ao objeto de meu texto anterior, Álex nunca me traiu
e nem soube que houvesse traído alguém. Da mesma forma, seu blog de sucesso
passa longe da intenção jornalística pura, evidenciado pela linguagem figadal
adotada em assuntos que o irritam – ao contrário dos escritos da parte atingida
que, não apenas crê ser especialista em todo o conhecimento do gênero humano
como também deixa entender que priva da intimidade do poder.
Álex, por outro lado, se um dia
publicou ou falou coisas ainda desconhecidas pelo comum dos mortais, deveu-se á
sua proximidade com os protagonistas do fato e não por uma patológica
megalomania vaidosa de dizer-se “intimo e conhecedor dos bastidores do poder”.
Esta insólita confidência é
conveniente quando temos diante de nós verdadeiras almas penadas, falecidas e
esquecidas, mas que insistem em reclamar um prestigio e influência que jamais
tiveram. E pior: que, em revide, tentam nos ameaçar com postagens ou qualquer
outra inconfidência de priscas eras.
Essa é a hora em que o sangue
calabrês fala mais alto, e valho-me novamente dos préstimos de Álex – que amo
ou odeio a depender de seu próprio vento e nunca escondi isso – para deixar os
recados de lado e enfiar direto (à moda alexiana) o dedo na ferida – sem citar
nomes, que ando sem paciência demais para me abalar a responder processos
natimortos.
Em primeiro lugar, a Alma Penada
que atingi feriu-me primeiro sem que nada eu tivesse feito que justificasse a
verdadeira condição de risco que uma intriga sua me colocou. Não faço parte de
nenhum “grupo de insatisfeitos” que querem derrubar homens de confiança de um
chefe maior – o qual fui incluído por ela sem ser consultado, já que os
“insatisfeitos” resumem-se á própria Alma Penada, ferida de morte em sua
posição subalterna. Aliás, a Alma sempre deixou claro que jamais se acostumou
com a palavra “sub”.
Em segundo lugar, expôs á todos
os envolvidos (por ela) na trama aos mesmos riscos e, por fim e fracassado seu
intento, teve a petulância de ligar para a minha mulher – que nada tem a ver
com isso – e ameaçar-me de demissão.
E por isso traiu, tramou e teve a
ousadia de arriscar um motim, tipo “golpe de estado” mesmo, para destituir seu
superior imediato e tomar seu lugar – ou lá tentar colocar um fantoche – em
clara subversão e desacato á determinação e escolha do principal chefe, que é o
único que possui este poder, o qual obedece apenas á seus próprios critérios.
E como fez isso?
Pois bem, trata-se de um plano
tão insano que beira a ingenuidade ao acreditar que, falando para Fulano que
Beltrano não suporta o chefe, e para Beltrano que Fulano igualmente não tolera,
conseguiria uma maioria votante (!) que destituiria seu desafeto da sua
almejada poltrona.
Essa Alma Penada, valendo-se de
um grau de intimidade profundo – o qual, não sei se sua vaidade permitiu que
notasse, jamais foi recíproca – enviou-me um e-mail relatando que “todos lá”
queriam a cabeça do chefe, e que uma reunião estava marcada para efetivar sua
“remoção”. Incluiu-me compulsoriamente entre os “descontentes” e, não bastasse,
insinuou que o mesmo não seria exatamente um exemplo de honestidade com o
dinheiro, inundando-me de tantos telefonemas – cada um mais cabuloso que o
outro e com acusações de roubo, imputadas á seu então desafeto – que não tive outra
alternativa a não ser falar com o próprio “acusado” o que se tramava, e
mostrar-lhe provas.
Resumindo: criou uma intriga,
chamou seu chefe de ladrão, arregimentou pessoas com base na mais pura
alcovitagem e agora – justissimamente relegada ao ostracismo – desafoga seus
recalques em escritos pseudo-jornalisticos com o mesmo doentio método: se antes
afirmava, agora escreve que é íntima de seu chefe maior, que compartilha
segredos com o mesmo e á ele envia relatórios (atribui-se, incrivelmente, o
cargo de X9!), conselhos e, não bastasse, desanca publicamente seu local de
trabalho e todos os funcionários – obviamente insinuando que “aquilo lá não
anda sem ela”, a Alma Penada.
E foi justamente pela
deseducação, desrespeito aos colegas de trabalho, difamação pública de uma
organização importante e absoluta falta de ética por parte da Alma Penada, em
cuspir em um prato que ainda come, que resolvi escrever o texto de ontem.
Mas... e a vida tem sempre um
“mas”, como ensina a filosofia alexgarciniana, a indigitada Alma resolveu
vestir a carapuça e ameaçar-me – conforme já disse – em seus escritos pseudo
intimos do poder. Esta Alma me conhece e sabe o terreno que pisa: sou um cara
de poucos talentos, mas acho que escrever eu sei, e por isso tal criatura
limita suas ameaças á conversas antigas e evita o confronto escrito. Portanto,
aqui fica o desafio que deixo escrito, bem claro e com todos os ii e yy, para
que seja bem entendido: eu DESAFIO E FAÇO POUCO – repito, DESAFIO E FAÇO POUCO
que o ectoplasma em questão publique as tais “postagens” que eu teria feito e
que seriam tão fatais para mim. De público me comprometo em não tomar nenhuma
medida judicial contra seja lá o que for que ela publique, de minha autoria, e
que seja tão comprometedor quanto ela diz.
Nada faço ou digo escondido,
tenho uma vida normal e mantive durante anos o blog “Crônicas & Agudas” no
qual eu rasgava minhas dores mais particulares sem nenhuma cerimônia, e minhas
posições políticas foram publicadas de maneira claríssima no meu outro blog, o
do Jornal Opinião.
Ambos ainda estão no ar, embora
parados, e qualquer um poderá conferir as misérias particulares – porres
homéricos pela solidão de ainda não ter uma Andréa em minha vida – ou mesmo a
absoluta repulsa que sinto ao pensamento de esquerda, criador de cisões sociais
e viciante em suas esmolas demagógicas.
Nunca escondi quem sou, meus
defeitos, minhas idiossincrasias odiosas, meus vícios em cigarros, aspirina e
café, meu desacordo com Álex por um vocabulário que hoje compreendo, minhas
desavenças políticas com o professor Chicão – mas que o bom e velho rock and
roll nos une – e até mesmo, em meus tempos de mero turista, a bronca que fiquei
do Prefeito Alair Corrêa, na época, por ele ter modernizado a cidade – afinal,
eu era um turista, não precisava trabalhar nem morar aqui, e queria meu
“paraíso selvagem” intocado – um egoísmo que inclusive publiquei em meu blog
como “mea culpa”.
E do mesmo modo que minha antiga
bronca com o Prefeito transformou-se em admiração tão logo precisei arranjar um
emprego e morar em Cabo Frio,
talvez a quizilia da Alma Penada e sua verborragia se transforme em silêncio,
assim que se veja na contingência de mostrar suas “provas ocultas”.
Encerro esta agradecendo a
paciência do amigo Álex e a do leitor, e repetindo um parágrafo anterior:
DESAFIO E FAÇO POUCO. PUBLIQUE,
SE FOR CAPAZ.
E não tornarei a tocar no tema,
até que isso aconteça.
Walter Biancardine
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