Não
Existe Meia-Entrada
No Brasil, graças ao Estatuto da Juventude
e aos direitos dos estudantes, jovens de 15 a 29 anos e estudantes do Ensino
Regular e Superior, pagam meia-entrada ao comprarem ingressos para eventos culturais
e esportivos, como shows, cinema, jogos de futebol, etc. Ou seja, pagam metade
do valor de um ingresso normal. Mas como um estabelecimento faz para cortar 50%
do valor total de uma entrada inteira? Como a meia-entrada funciona na prática?
Para entender o funcionamento dessa prática é necessário ter a consciência que
isso não passa de um jogo populista, ou seja, na prática elas não existem.
O fator que traz a conclusão da
inexistência delas é que alguém acaba compensando o valor que deixou de ser
pago, por quem dela faz jus, sendo assim, a pessoa quem compra uma entrada acaba
pagando pelo preço da entrada que comprou mais o preço da meia-entrada que o
jovem deixou de pagar. Por exemplo, num cenário onde não exista essa prática, o
valor do ingresso seria no total de R$ 12,00, mas a partir de um momento que se
estipulam a lei da meia-entrada, o valor do meio ingresso vai a R$ 6,00 e o
valor total do ingresso vai a R$ 18,00, para compensar os R$ 6,00 perdidos com
a meia-entrada, como a metade de dezoito é nove, o valor da meia vai a R$ 9,00.
Com este cenário, o beneficiário receberia um desconto de apenas R$ 3,00, em
contrapartida, os que continuaram pagando interia receberam um acréscimo de
R$6,00 no valor total de um ingresso. Como podemos ver, a partir da adoção da
lei da meia-entrada, ter acesso à cultura passou a ser mais oneroso para a
maior parte da população.
Bem, alguns devem estar pensando
que para evitar a alta dos ingressos é só os tabelar os preços, impedindo que
as empresas aumentem o preço das entradas. Mas acontece que a partir do momento
em que a lei da meia-entrada fica ativa, os estabelecimentos passam a levar prejuízo,
e como nenhuma empresa consegue se manter ativa no vermelho, o aumento das
entradas inteiras é providencial para evitar a falência, caso o governo proíba
esse reajuste, como consequência várias empresas do ramo cultural entrarão em
falência, gerando assim o desemprego de muitas pessoas. Outras pessoas devem
estar pensando que para impedir o aumento do preço dos ingressos inteiros, é só
o governo subsidiar as meias-entradas, mas acontece que um governo consegue
dinheiro através de duas formas: através do recolhimento de impostos dos
contribuintes, ou através da emissão de dinheiro sem lastro. Se um governante
usar o dinheiro dos impostos para subsidiar as meias-entradas, ele terá que
deixar de enviar essa verba para uma área importante, ou até mesmo ter que
aumentar os impostos, deixando o contribuinte com menos dinheiro; mas caso o
governante use a emissão de dinheiro não lastreado para subsidiar a meia-entrada,
o mesmo estará causando um descalabro econômico, inflacionando todos os setores
da economia.
Como podemos ver a meia-entrada
só serve para deixar o lazer da população mais oneroso, entrando em contradição
com seu objetivo. A partir do momento em que a lei da meia-entrada é promulgada,
o setor sofre uma inflação dos preços, como consequência direta, e caso o
governo queira interferir mais ainda, a inflação ocorrerá em toda a economia ou
então os impostos aumentarão. Como toda
medida populista, a meia-entrada não passa de um esgoto a céu aberto, escondido
da população por telas pintadas por Da Vinci, a fim de esconder sua verdadeira
face grotesca e fazer com que todos acreditem ser algo esplêndido, fazendo com
que o povo se revolte caso alguém tente fechar o esgoto.
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