Narrador - Bruno havia bebido a tarde inteira, buscando no álcool a
coragem necessária para pôr a prova sua masculinidade. Por isso mesmo, a imagem
de Jeitosinha, naquele bordel de luxo, observando-o em pleno ato de amor com um
travesti, pareceu uma alucinação ou um sonho.
Bruno sem muita inspiração - Amor... Não é nada disso que você está pensando! - .
Narrador - Depois, recuperando a sobriedade, foi tomado por um tipo diferente de perplexidade.
Bruno - Mas... Espera aí... O que você está fazendo aqui? -
Narrador - Cheia de revolta, Jeitosinha disse a primeira coisa que lhe ocorreu para ferir Bruno:
Jeitosinha - O que lhe parece? Pelo visto você prefere as morenas... Mas nós, loiras, somos muito boas na arte de enlouquecer os homens...
Bruno - Não pode ser, meu amor... Diga que é um sonho... Me belisca para eu sentir dor e acordar!
Jeitosinha cheia de ironia - Depois do que eu vi pela fresta da porta, tem certeza de que não tem nada doendo aí? -
Bruno - Não! Você não! Não pode ser! Não pode ser!
Narrador - Bruno puxava os próprios cabelos com violência e rolava
pelo chão num desespero patético. Jeitosinha apenas jogou os cabelos longos
para o lado, com aquele gesto superior com que as loiras costumam descartar os
simples mortais, e retirou-se do ambiente.
Seu coração por dentro estava em frangalhos, mas o que Bruno viu foi a imagem de uma mulher fria.
"Com passos precisos e a elegância de uma modelo, Jeitosinha atravessou o corredor e voltou ao escritório de Madame Mary. Lá dentro, tombou de joelhos e começou a chorar.
Jeitosinha - Não pode ser, Madame Mary... Meu amado, Bruno... Um homem tão puro e íntegro... Aqui! Com aquela... aquela...
Narrador - a certeza de que
não era tão diferente da exótica morena impedia Jeitosinha de achar a palavra
certa.
Mary - Os homens são todos iguais, minha criança - Uns animais capazes de qualquer coisa por um momento de luxúria. Eles nunca saberão o que é o amor verdadeiro. É justamente isso que torna tão fascinante a nossa arte de sedução...
Narrador - Jeitosinha levantou os olhos e, agarrando-se às pernas da misteriosa mulher, implorou:
Jeitosinha - Ajude-me, Madame! Ajude-me a ser como você!
Madame Mary - Claro, querida... Claro....
Narrador - Madame Mary sabia que tinha nas mãos um diamante em estado bruto. Um diamante pronto para ser lapidado na dor de um coração partido.
Do Blog Cartão Vermelho - A maioria dos leitores do Blog Cartão
Vermelho que nos escreveram e-mail sobre o Folhetim acham que os ETs não têm
nada a ver com a história. Eles ainda vão terminar o que começaram, depois vão
embora para sempre...
Confira amanhã o próximo e emocionante capítulo!
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