Venho acompanhando o desenvolvimento
dos componentes do Grupo Musical Amadeus, até individualmente desde 2010,
e quando estivemos tocando a gestão achamos logo uma forma de evidenciá-lo, os
convidando a abrilhantar alguns eventos do Museu José de Dome (Charitas), que,
por ser um museu não deveria nunca abrigar gabinete e serviços administrativos,
mas sim, o acervo que compõe a nossa história, além de expressões artísticas do
nível do grupo que ora comento.
Antes como um trio de cordas, os
via como representante autêntico e profundamente arraigado à música para salões
e pequenos saraus, o que lhes daria uma sofisticação depurada, entre o clássico
e o erudito, mas acabaria por lhes deixar ilhados, diante do terrível massacre
popular anti cultural da mídia que este estilo sofre. Partiram então para serem
mais ecléticos, indo até às musicas populares, bossa-nova, rock, etc. E mais
ainda, se abrem a novas composições desejadas pelo promotor do evento da
ocasião, pois os instrumentos ali muito bem executados lhes abre essa
possibilidade, inclusive na de ampliação dos seus componentes em acontecimentos
mais suntuosos.
Mas sou apaixonado pelas
individualidades do quarteto: o violinista Sérgio Gabriel, mestre de
vários pupilos que se revelaram após o aprendizado das suas
melodiosas cordas; o maestro Silgueiro das tantas vozes trabalhadas em corais e
que acrescenta à virtuose do seu trompete à sua lírica flauta; o violoncelo do
Álvaro a ecoar seus lamentos graves pelos nossos becos de saudades e os
acordes seguros e criveis do violão do Feliciano, compõem a musicalidade
do grupo que têm mostrado um repertório da boa música em cerimonias e
acontecimentos dos mais diversos.
No “Serestas de Inverno” do dia
26, lhes caberá agora o importante papel de levar o seu astral musical
seresteiro, aos restaurantes e bares do largo do São Benedito que há muito
estava necessitando desse tratamento, por conta das instancias que se juntaram
para este brilhante acontecimento no sentido de valorizar a área e seus
negócios, como ela já mereceria a mais tempo. Não podemos terminar este
comentário sem ressaltar que, sentimos falta ali do clube do poeta e das rodas
de jongo que já constituíram também parte da sua historia cultural. Quem tiver
dúvidas é so ir lá conferir.
José
Facury Heluy
josefacuryheluy@gmail.com
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