Como sempre, só escrevo sobre
artistas plásticos, quando o meu sensitivo é atingido por explosões
apaixonantes que, por mais as tenha aprendido nas hostes acadêmicas por quais
passei, não a exercito tanto, mas sou levado a comentá-la, por puro exercício
analítico para alimentar meu conhecimento e, quem sabe vê-la acrescida ao
histórico do artista. Foi assim que fiz dos artistas da cidade como Marina
Vergara, Flávio Petinichi, Ivan Cruz, Diangelo e desta feita, sobre a arte
visual do artista Fernando Nascimento que assina como Fnax, que entre traços
inconfundíveis do seu nanquim nos seus minuciosos desenhos a bicos de pena,
lápis, aquarela, hidrocôr e guache, onde os aplica sem nenhum purismo em
papel de fibra de algodão, colocando-o bem próximo à exuberância do artista gráfico
holandês Mauritz Escher, a quem todos nós referenciamos.
E que bom, quando nos deleitamos
na arte de alguém que segue este caminho de paciência laboriosa e talentosa.
Como se não bastasse o grafismo do Fnax, nos chega a sua fantástica artesania
na cerâmica, naquilo que ela tem de mais original, sem a sofisticada
vitrificação, que vende bem mais. Elaborando vários elementos, alguns com
características bem próximas ao místico que a argila sempre assimilou ao longo
dos tempos, como nos ícones esculpidos onde o artista constrói figuras
virtuosas e cheias de energias expressivas.
Podemos dizer sem nenhum receio,
que Fernando Nascimento é um artista visual completo, onde cada peça no papel
ou na terracota nos alimenta do mais puro e belo conceito da arte na sua pura
essência primordial. Se juntarmos as duas em uma arte só, com as
características que lhe é peculiar, ficará no naipe da canadense Jess Riva
Cooper maior expressão mundial da arte cerâmica.
Comentários
Postar um comentário