A Prefeitura começou efetivamente, na manhã desta quarta-feira
(29), o ordenamento do Canto do Forte, após um período de planejamento das
ações e de diálogo com os pescadores locais. A ação liderada pela Guarda
Marítima e Ambiental mobilizou 30 funcionários, incluindo a Comsercaf,
Coordenadoria Geral de Meio Ambiente, Guarda Civil Municipal e Coordenadoria de
Vigilância em Saúde Ambiental.
O trabalho foi acompanhado de perto pela Federação Instituto de
Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) e pela Colônia de Pescadores Z4. Uma
retroescavadeira e um caminhão foram disponibilizados pela Comsercaf para
auxiliar no trabalho.
Ao todo, três embarcações foram retiradas do local. Uma delas, em
estado precário de conservação, foi levada para o Aterro Sanitário de São Pedro
da Aldeia. Outra foi levada para a Passagem, que também passa por ordenamento,
a pedido do proprietário e a terceira, que estava abandonada, foi levada para
um galpão na Morada do Samba.
Uma grande quantidade de entulho e resíduos também foi retirada na
operação. Caixas de isopor, restos de rede de pesca, fragmentos de barcos,
geladeiras enguiçadas que serviam apenas de depósito de material e cerca de 20
pneus de todos os tamanhos também foram levados para o aterro sanitário para
descarte.
Pelo acordo feito com os pescadores, apenas dez embarcações,
selecionadas pela Colônia Z4 mediante cadastro prévio, poderão ficar no local.
“O objetivo é fazer esse ponto turístico voltar a ser como era antigamente”,
comentou o diretor administrativo da Guarda Marítima e Ambiental, Ângelo Santos.
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Andreia
Nogueira, ao longo de todo o processo de ordenamento, os pescadores recebem
noções de como manipular e expor o pescado e, sobretudo, de descarte do
material orgânico, como as vísceras e as espinhas.
“O ordenamento é uma ação de saúde e, ao mesmo tempo, ambiental. A
espinha do peixe é cheia de microorganismos e se ela for descartada na areia,
alguém pode se ferir. Nessas ações, também podemos constatar uma grande
quantidade de micro-lixo na areia. Então esse ordenamento é uma ação
intersetorial, pois tem impacto em várias áreas”, comentou Andreia.
A embarcação levada para a Morada do Samba tem um prazo de 90 dias
para ser retirada. Caso isso não ocorra, será leiloada. O proprietário da
embarcação deve procurar a Coordenadoria de Posturas, na Rua Gustavo Beranger,
267, na Vila Nova.
Comentários
Postar um comentário