A Comissão Parlamentar de
Investigação criada por membros da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro para investigar a situação dos Hospital da Mulher de Cabo Frio ouviu,
nesta sexta-feira, 31, a diretora do Hospital da Mulher, Tânia Lydia
Matosinhos. Ela foi convidada a prestar esclarecimentos na condição de
testemunha, da oitiva promovida pela CPI.
Tânia
explicou sobre a situação do hospital e das mortes de nascituros e recém
nascidos na unidade. Ela fez questão de começar seus esclarecimentos destacando
que possui uma relação profissional com a antiga direção da unidade e com o
secretário de saúde, Márcio Mureb.
Quando
questionada sobre o porquê dela ter aceito dirigir a unidade, Tânia respondeu
que foi motivada a assumir a direção por pedido técnico do secretário, visto
que Tânia já havia dirigido a unidade em outra oportunidade.
De
acordo com a presidente da CPI, deputada Renata Souza, o objetivo da comissão é
entender a causa das mortes dos bebês no Hospital da Mulher e apurar o que está
sendo feito para evitar que outras ocorram. Na oitiva, a diretora HMM explicou
os motivos que levaram às mortes dos bebês.
De
acordo com Tânia, vários fatores levaram aos óbitos: doenças na gestação, má
formação congênita, gravidez prolongada, prematuridade extrema, dificuldade de
transferência, por exemplo. Para averiguar essas mortes, a Secretaria de Saúde
criou uma comissão de óbito.
Tânia
ainda destacou que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre
Prefeitura e Cremerj está quase concluído, restando apenas 3 itens:
climatização da unidade (que está em processo de licitação), contratação de
médicos especialistas (neonatologista plantonista) e a realização de obras
estruturais (que estão em fase de andamento). Além disso, a Central de
Esterilização de Materiais está sendo utilizada, por mais que ela não conste no
TAC.
Hospital
da Mulher realiza de 150 a 200 partos por mês e, segundo o diretora Tânia, a
taxa de óbitos dos primeiros meses de 2019 se assemelha ao registrado em anos
anteriores, sendo 50 mortes em 2017 e 53 em 2018.
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