Agentes da Comissão Especial de
Fiscalização e Demolição, da Secretaria do Meio Ambiente, da Defesa Civil e da
Guarda Municipal estiveram na manhã desta terça-feira (8) nas ruínas do Hotel
Acapulco, no bairro Braga. O grupo realizou a terceira e última vistoria no
imóvel para finalizar o relatório, que será entregue ao Ministério Público
Federal (MPF) para definir o destino do imóvel até o fim deste mês.
A
ação de hoje teve como foco analisar a estrutura do imóvel quanto ao risco de
desabamento. Apesar de afastada essa hipótese, a presença de entulho foi
considerada perigosa.
“É
uma obra muito bem feita, mas a depredação deixou muito material exposto, como
vergalhões e pontas de tijolos, assim como o piso repleto de pedaços de
alvenaria. Isso significa que há risco para a segurança”, afirmou o
superintendente da Defesa Civil, Marcio Soren.
Abandonado
desde 2015, o Hotel Acapulco passou por um longo processo de depredação e, hoje,
é uma imensa ruína, com mais de 10 mil metros quadrados. Segundo o coordenador
de Assuntos Fundiários, Ricardo Sampaio, o local oferece risco à vizinhança.
“A
decisão apontada pelo MPF é pela demolição. Aguardamos apenas a próxima reunião
com o procurador da república para tomar a decisão baseada na instrução de todo
processo aberto. Será uma intervenção cara e demorada, mas, se for essa a
decisão final, estamos prontos para cumpri-la”.
O
valor da demolição é estimado em cerca de dois milhões de reais e, todo o
processo levaria até três meses para ser executado. O valor da demolição, se
ocorrer, será cobrado ao proprietário do imóvel.
“O
ideal é que, após a demolição, trabalhemos para devolver ao local suas
características originais, que são dunas e a vegetação nativa. Será um esforço
enorme de toda a Prefeitura, mas temos todas as condições de realizá-lo”,
afirmou o secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira.
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