A Região dos Lagos segue a tendência nacional de
desaquecimento do mercado de trabalho nos últimos dois meses, marcados pela
pandemia do novo coronavírus. Apenas em março e abril, os sete municípios da
região perderam 4.667 vagas formais de emprego. O número é a diferença entre
contratações e demissões no período, segundo levantamento do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho, que é ligada ao
Ministério da Economia.
Apenas em Cabo Frio, foram eliminados 1.910 empregos
com carteira assinada nos dois últimos meses, sendo 923 em março e 987 em
abril, de acordo com o levantamento do Governo Federal. Em janeiro e fevereiro,
ainda no período pré-pandemia e durante a alta temporada, o município perdeu 45
e 40 postos formais de trabalho, respectivamente. Pelo chamado ‘novo
Caged´2020’, não foram divulgados os números de admissões e dispensas dos
municípios, apenas dos estados.
O segundo município mais impactado na região é
Armação dos Búzios, que viu serem extintas 1.196 vagas de trabalho, incluindo
todos os setores econômicos. Foram 605 postos fechados em março e 591 em abril.
O cenário difere bastante daquele registrado no começo do ano, quando o
balneário gerou 190 empregos, sendo 175 em janeiro e 15 em fevereiro.
Por sua vez, em Araruama, foram eliminados 457
postos formais de trabalho, sendo 278 deles em abril. No primeiro bimestre, o
município gerou 200 empregos. São Pedro da Aldeia reforçou a tendência de queda
nas estatísticas de empregabilidade. Em 61 dias, foram ceifadas 451 vagas. No
município de Saquarema, foram menos 328 oportunidades para trabalhadores com
carteira assinada.
Em Arraial, onde boa parte da força de trabalho está
empregada no setor turístico, 272 empregos deixaram de existir nos dois últimos
meses, dos quais 122 em março e 150 em abril. Iguaba Grande completa a lista,
com saldo negativo de 53 vagas de trabalho.
No Brasil, as demissões superaram as contratações
com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099
desligamentos e 598.596 contratações. Em valores nominais, São Paulo teve o
pior desempenho, com saldo negativo (mais demissões do que contratações) de
260.902. O estado é seguido por Minas Gerais com 88.298 demissões; Rio de
Janeiro, 83.626, e Rio Grande do Sul, 74.686 demissões.
Fonte: folhadoslagos.com
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