Pelo segundo dia seguido, servidores municipais de
Cabo Frio foram para a rua para protestar contra a Prefeitura. Depois da Saúde,
nesta quinta-feira (9), foi a vez dos funcionários da Educação promoverem um
ato no Largo de Santo Antônio, mesmo em meio à quarentena. Apesar dos riscos,
os manifestantes usavam máscaras de proteção e procuravam manter uma
distância segura. Eles reivindicaram o fim do fracionamento e dos atrasos
salariais para ativos e aposentados e a recontratação de três mil servidores
contratados exonerados no começo da pandemia.
De acordo com os educadores, alguns aposentados ainda
não receberam os salários de maio e, portanto, estão com dois meses em atraso.
Por causa dos frequentes fracionamentos, que acontecem desde o ano passado, o
Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) alega que alguns
trabalhadores estão passando por dificuldades financeiras durante a pandemia de
Covid-19.
– A nossa luta é para que todos tenham condições
mínimas de vida digna e, para minimizar as dificuldades enfrentadas, estamos
iniciando uma Campanha de Solidariedade para realizar a distribuição de cestas
básicas aos aposentados que necessitam e aos que foram demitidos tanto em
Búzios quanto em Cabo Frio prioritariamente – informou a coordenadora-geral do
Sepe Lagos, Cíntia Machado.
Outro ponto questionado pelos servidores é o projeto
de lei enviado para a Câmara Municipal que adequa o Instituto de Benefícios e
Assistência aos Servidores Municipais de Cabo Frio (Ibascaf), aumentando a
contribuição previdenciária de 11% para 14% e incorporando o Programa de
Assistência Médica (PasMed) à Prefeitura. Uma plenária on-line estava marcada
para debater esse assunto, na noite desta quinta, mas ainda não havia terminado
até o fechamento desta matéria.
Segundo o Sepe Lagos, a categoria cobra
ainda transparência na gestão dos recursos públicos da educação, cestas
básicas para as famílias dos estudantes da rede municipal, convocação aprovados
no concurso de 2009, respeito aos direitos dos profissionais readaptados
(afastados de sala de aula por doença e que retornam ao trabalho em outras
funções), entre outros pontos.
Fonte: folhadoslagos.com
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