Os constantes pedidos de vereadores para que a
Prefeitura de Cabo Frio libere a atividade dos vendedores ambulantes nas praias
da cidade foram formalizados. A Câmara Municipal aprovou por unanimidade, nesta
segunda-feira (31), uma indicação ao Poder Executivo assinada por todos os
parlamentares para que a categoria tenha permissão para trabalhar a partir
desta terça (1º) até o próximo dia 7, feriado da Independência.
A indicação é reflexo de um protesto realizado do lado
de fora da Casa, durante a última sessão, na terça passada (25), por ambulantes
e outras categorias de trabalhadores que ainda não tiveram as atividades
incluídas nos decretos de flexibilização econômica publicados pela Prefeitura.
Na ocasião, o presidente da Câmara, vereador Luis Geraldo (Republicanos) e um
grupo de vereadores recebeu uma comissão formada por representantes do
movimento para ouvir as reivindicações.
Na sessão desta segunda, Luis Geraldo se
pronunciou novamente sobre o assunto. O chefe do Legislativo cobrou o mesmo
tratamento dado a outros segmentos. Entretanto, a indicação tem caráter
de ‘sugestão’ ao Executivo e, portanto, cabe à Prefeitura publicar decreto que
permita a volta dos trabalhadores às areias, que estiveram lotadas neste fim de
semana.
Nesta segunda, um documento com pedidos da categoria
foi entregue à Prefeitura que, assim como nos demais casos, disse que enviaria
as reivindicações ao Ministério Público.
Associação de Hotéis joga a toalha
Se os vendedores ambulantes ainda batalham para
conseguir a permissão para atuar durante o feriadão, os hoteleiros já se
conformaram, após receber a negativa da Prefeitura de liberar as excursões que
já estavam marcadas para o período, conforme a Folha antecipou na última quinta
(27). No dia seguinte, a Prefeitura enviou um ofício para formalizar que a
proibição de entrada estava mantida, sob a alegação de aumento da taxa de contágio
da Covid-19 na cidade.
Em nota enviada pelo Movimento SOS Hotéis de Cabo
Frio, assinada pelo presidente da Associação de Hotéis, Carlos Cunha, os
empresários se disseram ‘solidários’ com a situação.
“De posse desses números oficiais e gráficos, mesmo
sabendo que nossos meios de hospedagem necessitam das excursões para
sobreviverem a meses fechados e sem faturamento, os hoteleiros são solidários
com nossa população. Obviamente, corremos o risco de alguns hotéis e pousadas
não conseguirem ultrapassar mais este revés, porém, acreditamos que vidas
humanas são mais importantes que cifras. Inobstante trabalhando estritamente
dentro da lei e do disposto nos decretos anteriores, entendemos por concordar
com a proibição de entrada dos ônibus neste momento, acreditando que em breve a
situação irá melhorar”, diz trecho do comunicado.
Fonte: folhadoslagos.com
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