Mar de Lama.
Uma simples mistura de água e
barro ou uma questão moral?
O termo “mar de lama”, pelo que
se tem notícia, foi mencionado pela primeira vez no meio político por Carlos
Lacerda, referindo-se ao Governo Vargas. Lacerda, um político de caráter
duvidoso e que migrou da esquerda para direita da forma mais covarde possível,
criador de factoides e um adversário sem qualquer ética moral, deu uma
contribuição significativa para o golpe militar que ocorreu posteriormente.
Lembrei deste personagem ao ler a
coluna do Marco Mendes na Folha dos Lagos neste final de semana. Com relevância
política bem inferior, mas com o caráter nivelado ao do Lacerda, tenta de todas
as formas respingar a sujeira do seu desgoverno na administração atual. Com o
cinismo que lhe é peculiar, usou a expressão “mar de lama”, tentando fazer um
trocadilho entre a honestidade da gestão atual e o resultado da chuva no solo
nos arredores da obra. A mesma inveja de Lacerda por Vargas é percebida
no antigo gestor de Cabo Frio, pelo atual prefeito, devido sua relação de
carinho com a população e a forma responsável que administra a cidade.
Um gestor que tem o caso
“Tamiflu” e o da compra de uniformes de uma empresa fantasma em seu currículo,
não tem legitimidade para falar da Saúde e muito menos da Educação de Cabo
Frio. Como falar em transparência depois de enfiar um peixe de fibra
superfaturado no valor de R$ 85.000,00 em nossa garganta? Não quero ser
repetitivo e lembrar os inúmeros deslizes que culminaram nas recentes
condenações judiciais, mas este cidadão deveria se ocupar da sua defesa ao
invés de criticar prematuramente a administração da cidade.
É muita dissimulação o sujeito
afundar a economia da cidade durante o seu mandato, manter a Praça Porto Rocha
fechada durante o natal de 2012, prejudicar fatalmente os taxistas e o comércio
do centro, realizar uma obra porca que um dia após a inauguração já mostrava
sinais da precariedade na sua execução e ainda se achar no direito de apontar
prioridades para a atual administração. Quem não se lembra da greve de
servidores que articulou junto aos sindicatos para que o caos se instalasse
durante a passagem de governo?
Choraminga de forma insistente
pela mudança de nomes de alguns projetos iniciados em seu governo. Para nós
contribuintes, não importa os nomes dos projetos e sim a maneira que estão
sendo geridos. Não nos interessa se o nome é Café do Trabalhador ou Lanche do
Operário, mas que seja oferecido um alimento de qualidade e de procedência
confiável. Qual a originalidade em criar o Cartão Cidadão se já existia outro
programa federal de transferência de renda? O programa foi criticado e apontado
como eleitoreiro na 8ª Conferência de Assistência Social, os palestrantes não
entendiam como se gastava dinheiro do município com um programa dessa natureza.
Sugeriram que o município investisse na busca ativa e migrasse os usuários para
o Programa Bolsa Família.
O canastrão questiona o Prefeito
por não terminar obras inacabadas do seu governo antes de fazer a orla e não
explica porque não priorizou a obra do Restaurante Popular, cujo dinheiro já
estava disponível desde novembro de 2012, preferindo fazer a Praça da
Cidadania, reformar porcamente a Praça Porto Rocha além de quebrar todo o
centro da cidade durante o final do ano.
A psicologia consegue explicar
essa relação de amor e ódio, pois todo invejoso normalmente é obcecado pelo
alvo da sua inveja. A admiração deveria despertar uma boa relação, mas como o
invejoso não aceita esse fascínio, procura sujar a imagem do seu ídolo e não se
sentindo capaz de jogar, prefere melar o jogo do seu adversário.
“A inveja é assim tão magra e
pálida porque morde e não come.”
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