Manifesto de Indignação
Nossa coluna de hoje não é uma coluna, mas é um manifesto de indignação pelas palavras que ouvi do vereador Luiz Geraldo na sessão da Câmara de ontem.Como espírita me senti ultrajada pelo depoimento dele não poderia deixar passar batido.
Me senti totalmente indignada com a fala do vereador Luiz Geraldo na sessão da Câmara dessa terça-feira quando num momento de calorosa emoção apela aos empresários cristãos dos quais ele fez questão de frisar: Empresários tementes a Deus, apelo por uma causa justa disse o ilustre vereador em voz alta:
“Para que Deus os sensibilize para que ajudem-nos durante 1 ano na manutenção de uma casa em Tamoios que abrigara dezenas de pessoas portadores de deficiência. Como o ano é político a prefeitura não pode arcar com as despesas e por isso meus caros cristãos, empresários e a todos que tem Deus no coração peço-lhes que me ajudem nessa empreitada!”
Ora meu nobre edil o que o senhor pensa? Que a caridade é uma patente apenas da comunidade cristã? Porque focar esse apelo utilizando a religião como base, se a pratica do bem é um sentimento inerente a todas as pessoas de bom coração independente das religiões que professam, ou não? Talvez o senhor tivesse muito mais sucesso com o empresariado ateu, agnóstico, espírita, budista, umbandista... porque ajudar o próximo depende de desprendimento e boa vontade e não de fé em Deus ou quem quer que seja.
Julgar a prática da caridade como requisito básico dos cristãos é tremendamente presunçoso. Avaliar o sentimento de benevolência, resignação, altruísmo como sendo uma regra básica apenas dos religiosos, leitores da bíblia, católicos praticantes ou fieis adoradores de Cristo é de uma arrogância digna de quem acha que detem a palavra de Deus como sendo senhor de sua vontade.
Me senti agredida com sua fala pretensiosa, pois sou espírita e acredito em Deus, pratico caridade assim como muitos amigos ateus que se despojam do seu tempo para ajudar as pessoas.
Sua intenção foi boa pois a causa é nobre e justa, mas poderia ter ganho muito mais se não colocasse a sua crença como motivo principal de ganhar o mérito por futura conquista do seu objetivo.
Jesus ao declarar “Amai ao próximo como a ti mesmo” não direcionou tal nobre sentimento apenas aos seus seguidores, pois o amor é algo que não devemos impor condições!
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