Álbum de Figurinhas
Quem nunca colecionou figurinhas
da Copa?
Se fizermos uma comparação de
Cabo Frio com um álbum de figurinhas de futebol estaríamos desiludidos, porque
nunca tivemos tantas figurinhas repetidas.
Na expectativa de abrir o
pacotinho e encontrar aquela figurinha difícil, Cabo Frio continua
amargando anos e anos, vendo e revendo os mesmos nomes, os mesmos rostos, a
mesma seleção de jogadores, só com a única diferença que em cada eleição,
figuras que estavam na seleção A, hoje aparecem na seleção B, e figuras que
nunca estariam na mesma página de certo time, hoje estão jogando lado a lado.
Porém o que mais espanta a
população, é que nesse troca- troca de figuras, não conseguimos ver nomes
diferentes, a grande maioria coleciona os mesmos cards, desde décadas atrás e
nem um jogo de bafo, vale a pena, porque é trocar seis por meia dúzia.
O mas engraçado é comparar os
velhos álbuns com a atual seleção que se formou. É de chocar perceber, que
aquele artilheiro mais radical, mais fiel aos seus dribles certeiros, hoje
aparece abraçado com o adversário na foto oficial, pior, levantando
bandeiras nunca antes imaginadas!
E dentre tantos jogadores que
pularam de um time pra outro, a mesma história se repete, pois estão com o time
que paga mais alto. Ninguém mais quer suar a camisa, treinar, correr, se
entregar ao time, trabalhar em conjunto para agradar os torcedores e levantar a
taça de campeão, na certeza que fizeram um trabalho bem feito. Hoje a
síndrome de Ronaldinho Gaúcho aparece na política da mesma maneira. -Quero mais
é ficar rico, badalar , ter carro do ano, status!
- E jogar bem?
Isso fica em segundo plano.
Para os que esperavam completar o
álbum com a figurinha dourada dessa vez, vai ficar difícil fechar esse ciclo,
primeiro porque ninguém conhece o time, principalmente escalado por um técnico
de fora. A torcida prefere concentrar suas apostas em velhos jogadores com mais
experiência e talvez, se esse técnico desconhecido de muitos, tivesse se
proposto a começar no time da 2ª divisão, ficaria mais fácil chegar a seleção
principal, marcando pontos e vencendo as batalhas que aparecem quando queremos
penetrar nesse mundo fechado a novas idéias.
Renovação num time que vem com a
mesmas táticas e a mesma direção, apenas mudando os rostos mas sem mexer
na maquiagem, fica impossível, ainda mas numa cidade que se acostumou com o pão
e o circo.
Para os analistas que aqui
chegaram e tiveram a audácia de querer mexer no time, criticar os cartolas
o que se viu foi a perseguição e a fama de Juca Kfouri, o boca maldita!
O público vai lotar o estádio em
outubro na esperança de pelo menos virar a página e ver um outro time de
figuras que podem ser nada renovadoras, porém com um gás total acumulado
há 8 anos.
E que muitos apostam que se
prestará a correr atrás do prejuízo, pelo menos tentando terminar essa partida
marcando vários gols.
Na certeza de que
mudando: os artilheiros , os preparadores físicos e principalmente
o técnico, esse jogo pode virar e sair dessa pelada que há tantos anos deixou a
torcida decepcionada. Assim quem sabe, mesmo que a figurinha dourada não seja
uma novidade, ela pelo menos possa sair e completar esse álbum fechando
com chave de ouro, com o grito: É CAMPEÃO! É CAMPEÃO!
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