Nádia Aisha disse em João Paulo II. Por Dr. Marcelo Paiva Paes.
Acho que vc Dr.Marcelo perdeu uma grande oportunidade de ficar calado.Lendo atentamente a sua postagem,percebe-se um tom rancoroso,uma vontade de agredir a nós,católicos.Cada um fala o que quer,afinal somos democratas,mas pelo visto vc deve ser agnóstico. Somos milhões pelo mundo afora, não vai ser a sua história que vai mudar nada em relação a João Paulo II.Li,parei e pensei...
Interessante a sua estória.Amanhã tudo que vc disse ficará no esquecimento,João Paulo II não,ficará para sempre na memória do mundo.Esta é a grande diferença.Com todo o respeito(que lhe faltou)esta é a minha ,a nossa opinião de uma família constituida de CATÓLICOS!
Dr. Marcelo Paiva Paes respondeu em: João Paulo II. Por Dr. Marcelo Paiva Paes.
Agradeço ao comentário, mas gostaria que pudéssemos ler sem rancor o artigo, pois ele não tem a vontade de agredir a ninguém. Repare que eu inicio o mesmo alertando que escreverei apenas para que a história não seja contada pelo show midiático que foi montado. Ou seja, eu apenas contei um lado da história que estava ignorado, que foram dos dois terços iniciais do mandato do papa. O que ali está é fato, se agride ou não, depende da leitura de cada um. Não se trata de um rancor meu. Por exemplo, o governo inglês deu apoio a Pinochet quando da decretação da sentença do Juiz espanhol Balthazar Garzon. Se amanhã o governante que assim agiu sair dizendo que é um defensor dos direitos humanos, eu irei lembrar deste fato. Pois a história é um elemento para a formação do nosso juízo de valor. Além disto, eu digo claramente que o povo saberá escolher seu lado, independentemente da história. Não é a verdade histórica que conduz a opinião popular, são os valores. Claro que a história entra na balança, mas apenas como um elemento de formação do valor, não como único.
Também não sou agnóstico, pois o agnóstico não acredita em qualquer tipo de conhecimento, até mesmo o científico. Mas entendo que você tenha se referido a mim desta forma pelo estigmatismo que a palavra ateu carrega. Assim, entendo como delicadeza sua ter-me chamado de agnóstico e não de ateu. Mas tenho formação fortemente católica, e queria, como disse no artigo, enaltecer alguns católicos que para mim fazem a diferença na igreja mas que foram condenados ao silêncio, e que serão esquecidos assim como o meu artigo. Citaria outros, como Dom Pelé, Dom Pedro Casaldáliga, e Dom Hélder Câmara. Dom Hélder não foi esquecido ainda... é verdade, mas a igreja fez de tudo para minizar suas posiçoes, inclusive negou-lhe o mais do que justo título de cardeal.
Bem, apenas gostaria que ficasse claro que não quis agredir, mas sim fazer valer algumas verdades esquecidas.
Com relação ao ateísmo, não à agnosia, pois no conhecimento eu acredito, e muito, digo que foi muito difícil para mim romper com a forte formação católica que recebi da minha mãe, mas eu acabei realmente deixando de acreditar em Deus. E deixei de acreditar pelo que vi e percebi no mundo adulto. Crianças abandonadas, guerras hediondas, falta de solidariedade, miséria extrema e ricos absurdos e gananciosos, como o Eike Batista, que recentemente disse que pretende ser o homem mais rico do mundo. Ele deve ser um exemplo de católico... Ou Berlusconni que estava na beatificação "de corpo presente". Enfim, sei o estigamtismo da palavra ateu, e reconheço como é difícil vencer estigmas. Na medicina temos exemplos assim, o Brasil não conseguiu acabar com a epidemia (não digo nem a doença) de Lepra, então, sem poder acabar com isto, mudou o nome da doença para Hanseníasse. É menos estigmatizante concorda?
Enfim, como disse reconheço o deletério cunho das palavras estigamtizantes, mas as religiões são um arranjo antropológico, portanto cada grupo sócio-antropológico tem a sua. Há Deus de todo o tipo, e para todos os gostos. Como também pode não haver.
Mais uma vez agradeço o comentário.
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