Por Demerval Soares
Sou Bacharel em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão Empresarial, trabalhei na Saúde Municipal de Cabo Frio no período de junho de 1998 a julho de 2007, portanto, tanto no governo de Alair Corrêa, como no governo de Marquinho Mendes. Este último, em parte, pois fui demitido quando houve a dissidência entre os dois com a alegação de ser amigo e leal a Alair. Apresentei-me para dizer que sempre trabalhei por portaria, mas não apenas por amizade, tinha condições para estar onde estava.
Sou amigo de Alair sim, admirador pelos seus feitos sim. Bom, neste aspecto não é necessário ser amigo, pois verdades são verdades e contra fatos não há argumentos. As pessoas podem até não gostar da pessoa Alair, mas é inegável que ele transformou esta cidade, urbanizando-a e modernizando-a, bem como os seus índices de distribuição de renda, saúde, educação eram melhores e a criminalidade era menor, até o próprio Marquinho para se eleger em seu primeiro mandato cansou de dizer “meu pai, meu mestre”.
Mas não resolvi escrever este texto para atacar pessoas, nem mesmo para comparar número de obras, até porque não há como confrontar, o que me faz vir a público é puramente para tentar alertar uma cidade adormecida que assiste seus “filhos” a fecharem as portas ou mesmo perderem seus empregos, ou, ainda, nem conseguirem trabalho.
No momento em que temos a maior arrecadação da história de Cabo Frio, temos também a pior distribuição de renda, pois não há interesse ou mesmo habilidade de fazer o dinheiro girar, distribuindo de forma mais equânime esta volumosa arrecadação em nossa sociedade. É esta maneira, de certa forma até negligente, que tem causado este caos social que estamos passando, como, por exemplo, nos casos citados no título deste texto, em que nos deparamos com dois pequenos personagens desta triste história, mas que sensibiliza e nos toca profundamente pela sua importância neste contexto, onde vemos um micro-empresário com cinco funcionários e um (popular) pipoqueiro sentindo na pele os efeitos desta má gestão.
Infelizmente, a visão diretiva da cidade hoje é totalmente assistencialista e, principalmente no período eleitoral, como foi na última eleição, com cestas básicas (20.000 por mês até na eleição) material de construção e portarias, cargos e contratos, entre outros. E enxerga nesta distribuição de recursos a forma ideal para se perpetuar no poder, não interessando se esta é a melhor maneira para a cidade se fortalecer ou não.
O alerta que tento fazer é para que não caiamos mais nestes engodos eleitorais, vamos ter hombridade e olhar o todo e não apenas a parte, ou a nossa momentânea parte. Mais do que nunca a UNIÃO se faz necessária neste momento em que se aproxima mais um período eleitoral, para não ver se fortalecer ainda mais a violência, a marginalidade, a falta de educação, enfim, todos estes fatores podem ser perpetuados por atos impensados por nossa individualidade. Por isso é hora de pensar no bem comum, é hora de pensar na comunidade cabo-friense, é hora de dar um basta a estes que estão atravancando o desenvolvimento e um belo futuro de uma cidade e uma população como a de Cabo Frio.
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