MAS SIM, ALGUNS MINUTOS DE VERGONHA E HONESTIDADE!
Sexta-feira, a Praia do Forte recebeu muitos corajosos cabo-frienses, que resolveram defender sua cidade dos que querem destruí-la.
Foi gratificante ver mais de duas mil pessoas gritando, batendo palmas e protestando contra mais um crime imobiliário/ambiental que esse Governo ilegítimo quer cometer.
Esse desgoverno prefere defender os ricos empresários, que se preocupam com seus lucros e não com o patrimônio do povo, levando nessa esteira de ganância e desamor o Prefeito, Secretários e amigos.
Fiquei espantado em ver que, no meio da multidão, não havia nenhum daqueles que se diziam “ambientalistas” e que tanto azucrinaram a vida de outros governantes.
Onde estará todo esse povo? Será que não estão vendo o que está acontecendo? Nossa cidade está sendo loteada e crescendo verticalmente, sem nenhuma preocupação com o ambiente. Se a aprovação de certos loteamentos e construções que agridem o ambiente fosse concedida no meu Governo, certamente, eu seria execrado por esses “ambientalistas”.
Onde eles estão? Todos sabem onde e porque nada fazem ou falam…
Os tais “ambientalistas” estão calados, porque 90% deles faz parte do Governo e dispõe de contratos e portarias para eles e suas famílias. Fazem parte do grupo que, para ganhar mais e mais, não se cansa de dizer: “Marquinho me valorizou!” É com essa frase que essa meia dúzia de pessoas que comprou tudo
Para encerrar, gostaria de esclarecer que o protesto foi para mostrar ao Governo e ao empresário que não estamos brincando, muito pelo contrário, essa luta é para valer. Não temos a menor preocupação em mostrar à população que se essa obra for iniciada e se o tapume não for retirado, por trás de tudo isso existe uma grande negociata.
É simples entender tudo isso!
Quando governava, não tive descanso, pois sempre aparecia algum empresário pedindo a liberação da construção de um prédio neste terreno, que era, naturalmente, negada. Se eu rejeitei e repudiei propostas realmente tentadoras, porque o atual Governo autorizaria uma licença monstruosa como essa?
O Dr. Carlos Magno falou no programa do Amaury Valério, que o Governo concedeu a licença de obra, porque o proprietário pagará R$ 7 milhões pela desapropriação. Quanta mentira! Para resolver esse problema não é preciso dinheiro, mas sim honestidade! Será que o Prefeito e o advogado desconhecem os caminhos legais e honestos para se resolver problemas dessa ordem?
O Governo, na verdade, não precisa de um centavo para preservar essa área, pois ela já é de domínio público!
A questão é simples! Existe o ato de desapropriação, que se for a opção do Prefeito, terá que ser feito como fiz ao desapropriar doze casas em frente ao Teatro Municipal, cento e vinte e oito casas para abrir a nova entrada de Cabo Frio, dez casas para ampliar o Correão ou as seis casas para construir a Praça das Águas. O governo terá que pagar como paguei, e muito bem, a todos os desapropriados.
No entanto, se sua opção for pelo ato de utilidade pública da área para fins de desapropriação, como aconteceu com a área do Eliseu, ao lado da Rodoviária, onde estão instalados os camelôs, o Prefeito, não precisará pagar nada imediatamente, podendo fazê-lo tempos depois, como no caso do Eliseu, que ainda não foi indenizado.
No caso específico desse terreno, nem o proprietário, nem a Prefeitura podem construir na área. A população quer a área para o seu lazer, então, nada será construído.
Peço desculpas ao Prefeito e ao advogado!
Na verdade, eu não desejava ensinar a ninguém, absolutamente. Mas ao ver o povo ser espoliado e ouvir dos senhores tantas “abobrinhas”, me senti na obrigação de ministrar ao Prefeito uma rápida aula de Administração e ao advogado “maioral dos casos de corrupção eleitoral”, uma aula de Direito.
Prefeito, peça ao seu advogado para redigir o seguinte decreto:
FICA CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA, PARA FINS DE DESAPROPRIAÇÃO, PELO PRAZO DE 15 ANOS, A ÁREA TAL, EM FRENTE À PRAIA DO FORTE.
Ao assinar embaixo, Marcos da Rocha Mendes, o problema estará resolvido e aquela ridícula placa da Prefeitura que lá está fixada, poderá ser retirada.
Alair Corrêa
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