Usar a estratégia de vacinar a população, em um caso isolado como o de Cabo Frio, está completamente equivocada.
Cabo Frio teve, como disse, um caso isolado de meningococemia. Nestes casos, o que se faz é bloquear os contactantes com terapia de antibióticos, vacinar não ajuda nada, é inócuo, e, pior, serve para alarmar a população.
Tudo o que não devemos fazer em situações como esta é exatamente alarmar a população. Esta opção de vacinar é uma opção pelo espetáculo, não pela política pública eficiente, responsável, e consequente.
Cabo Frio teve, como disse, um caso isolado de meningococemia. Nestes casos, o que se faz é bloquear os contactantes com terapia de antibióticos, vacinar não ajuda nada, é inócuo, e, pior, serve para alarmar a população.
Tudo o que não devemos fazer em situações como esta é exatamente alarmar a população. Esta opção de vacinar é uma opção pelo espetáculo, não pela política pública eficiente, responsável, e consequente.
A prefeitura deve informar bem a população, buscar os canais de rádio, televisão, blogs, e etc. para manter a população bem orientada e não deixar margem a especulações aflitivas causadas pelo desconhecimento. Deve também, imediatamente, treinar os seus agentes comunitários de saúde, mantê-los nas ruas informando o povo, tirando dúvidas, e manter também os profissionais da vigilância epidemiológica monitorando a comunidade por trinta dias.
O problema é que em situações onde o governo perdeu completamente a confiança da população, as ações vão se tornando cada vez mais midiáticas e menos compromissadas com a inteligência e a seriedade.
Cito sempre o exemplo de Cuba nestas situações, pois mesmo sem ser médico, Fidel jamais perdeu a confiança da sua população nas questões de saúde pública e sanitarismo, com isto pôde enfrentar crises dificílimas nesta área apenas com a palavra, com o gesto. Desde ameaças de guerra biológica nos tempos da guerra fria, até os dramáticos desabastecimentos de estoque de medicamentos e de vacinas nos anos 90, a palavra de Fidel sempre tranquilizou a sua população.
É a prevalência da sociedade do espetáculo sobre o conhecimento e o compromisso com a política pública eficiente e responsável que nos leva a cometer estes erros.
Um abraço
Marcelo Paes
O problema é que em situações onde o governo perdeu completamente a confiança da população, as ações vão se tornando cada vez mais midiáticas e menos compromissadas com a inteligência e a seriedade.
Cito sempre o exemplo de Cuba nestas situações, pois mesmo sem ser médico, Fidel jamais perdeu a confiança da sua população nas questões de saúde pública e sanitarismo, com isto pôde enfrentar crises dificílimas nesta área apenas com a palavra, com o gesto. Desde ameaças de guerra biológica nos tempos da guerra fria, até os dramáticos desabastecimentos de estoque de medicamentos e de vacinas nos anos 90, a palavra de Fidel sempre tranquilizou a sua população.
É a prevalência da sociedade do espetáculo sobre o conhecimento e o compromisso com a política pública eficiente e responsável que nos leva a cometer estes erros.
Um abraço
Marcelo Paes
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