Separar é o melhor caminho?
Vivemos em um país de dimensão
continental, com muitas riquezas e gênios que moveram a história. Cada canto do
país tem uma história para contar. A diversidade cultural do Brasil talvez seja
maior do que muitos países unidos de certas regiões do planeta. Ao ponto de uma
geografia tão unida acaba levando a certas culturas abafarem outras culturas. O
gaúcho não age como o amazonense. Da mesma forma que o carioca está longe de
ser como o nordestino, ou o paulista como o brasiliense. O tamanho do país traz
prejuízos econômicos e culturais. Mas vale lembrar que o Rio de Janeiro sempre
se mostrou a verdadeira capital do país, não digo a "capital
federal", mas a capital cultural, social e o local onde é gerida as
verdadeiras tomadas de decisões, mesmo que o Governo Federal tenha levado
nossos Ministérios, nossa Bolsa de Valores e agora quer levar os nossos
royalties.
A federação brasileira só serviu
para desgastar o Rio de Janeiro, nossa cultura tem sido misturada com o de
imigrantes, a favelização tem aumentado, a economia tem sido duramente atacada.
Vamos mais além: O Rio de Janeiro lutou durante décadas para o nosso petróleo
não cair na mão dos estrangeiros, para agora estados preguiçosos quiserem levar
o que é nosso. O que o Rio de Janeiro ganha no Brasil? Nada, já que o pouco que
ganhamos, o Governo Federal rouba. Não demorará para retirarem o Cristo
Redentor para levarem para enfeitar o Palácio da Alvorada em Brasília.
Imaginem se as perdas com os royalties do petróleo fossem do Rio Grande do Sul! Não duvido que, em poucos minutos, os gaúchos organizariam uma revolução e proclamariam a independência do estado. Até consigo imaginar as barricadas no Palácio Piratini, as trincheiras organizadas por barbudos com lenço vermelho no pescoço, o chimarrão queimando durante a noite e os generais do Terceiro Exército organizando suas tropas para proteger o levante.
Se fosse no Rio Grande, os facões sairiam das bainhas, o charque assaria nas fogueiras, Garibaldi reencarnaria em algum imigrante italiano, o Veríssimo faria crônicas arrebatadoras, a torcida do Inter fecharia as fronteiras e o Renato Borghetti tocaria o hino farroupilha com sua gaita ponto. Se fosse no Rio Grande, haveria luta. Mas a perda é do Rio Pequeno, o Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro começou a ficar pequeno na década de 1960, com a mudança da capital para Brasília e, de lá pra cá, a situação só piorou. Perdemos na política, perdemos na economia, perdemos na segurança, perdemos na referência. Ah, sim, continuamos como a capital cultural do país, mas dividimos esse royalty com a violência, sempre pontificada mundo afora como nossa maior mazela. Sem falar em outros problemas graves, como a falta de saneamento, a saúde sucateada e um obsoleto sistema de transportes. Mas o que esperar agora, quando deixaremos de arrecadar R$ 3 bilhões já em 2013, sendo que esse valor anual deverá duplicar até 2019?
Chegou a hora. Queremos o Rio de Janeiro fora do Brasil. E se você acha que tudo isso é uma piada, espere até ter sua aposentadoria cortada, seus filhos sem emprego e seu município em permanente estado de calamidade pública. Infelizmente, meu amigo, esse é um caso concreto de: independência ou morte.
Este não é um pensamento concreto e sim um desabafo de tudo que estão fazendo com o nosso Estado.
Anderson Luís é nascido e criado nesta cidade de Cabo Frio a qual eu AMO de PAIXÃO.
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