Com capacidade para tratar mais
de seis milhões de litros de esgoto por dia, a Estação de Tratamento de Iguaba
Grande será a primeira reproduzida digitalmente no Estado do Rio de Janeiro. A
iniciativa faz parte do programa Infra Inteligente, da Aegea Saneamento, que
aposta em gêmeos digitais para melhorar processos e potencializar a qualidade
dos serviços prestados. Um escâner a laser, capaz de coletar um milhão de
pontos por segundo e fazer registros fotográficos, é o responsável pela
reprodução tridimensional que reunirá informações sobre a estrutura física e
operacional da unidade. O trabalho conta ainda com imagens capturadas por drone.
O acesso à replica fiel nos
computadores será uma importante ferramenta de gestão, pois levará a unidade
operacional para dentro dos escritórios. Além disso, será possível concentrar
as informações técnicas, que muitas vezes são de domínio apenas de quem está em
campo, para uma única plataforma. “Com a unidade digital será possível fazer
simulações e estudos para futuras obras de ampliação e melhoria, acompanhar
informações sobre manutenções preventivas e planejar as próximas e fazer
testes”, explicou o engenheiro civil Adibe dos Santos, responsável por
acompanhar o projeto na Prolagos.
A ferramenta também permitirá
que a unidade seja visitada de qualquer lugar com o auxílio de um óculos de
realidade virtual, gerando a sensação da pessoa estar dentro da ETE, com uma
visão tridimensional do instante que foi capturado. “Além de melhorar a gestão
do ativo, poderemos utilizar a ferramenta para gerar experimentação e levar
conhecimento sobre o funcionamento da unidade, as particularidades do
tratamento do esgoto e a finalidade de cada equipamento no processo de
tratamento para diversos públicos, sem que seja necessário ir até à estação”,
exemplifica o diretor executivo da Prolagos, José Carlos de Almeida.
O processo de digitalização da
ETE Iguaba começou nesta semana com a varredura a laser da unidade para
registrar as cenas (área digitalizada) e gerar a nuvem de pontos definidos por
coordenadas X, Y e Z com precisão milimétrica. “O próximo passo será encaminhar
a malha de pontos e as imagens para serem tratadas em um software para termos o
cenário em 3D”, explica o coordenador de projetos 3D da Metro Cúbico
Engenharia, Nelio Villacortes, que escaneou a ETE.
O projeto Infra Inteligente
prevê a digitalização de todas as unidades do grupo Aegea, que atua em 49
municípios do país. Este trabalho deve ser concluído em três anos.
Fonte: Prolagos
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