Cabo Frio inicia campanha de conscientização contra o descarte irregular de bituca de cigarro nas praias
A Secretaria de Meio Ambiente,
a Coordenação do Programa Bandeira Azul em Cabo Frio e a Associação de
Quiosques do Peró iniciam, nesta terça-feira (21), campanha de conscientização
contra o descarte irregular de bituca de cigarro nas praias. O filtro é um dos
vilões dos mares e uma das causas de mortes de animais marinhos e pássaros.
De acordo com a organização, serão instalados
oito banners distribuídos nas praias do Peró, do Forte, do Foguete e em Tamoios.
As peças gráficas começaram a ser instaladas no Peró, nesta terça, e trazem as
frases “A praia não é cinzeiro”, “ Cinco anos para se decompor, “Cerca de cinco
trilhões de pontas de cigarro poluem os litorais do planeta” e “Cada coisa no
seu lugar! E o das bitucas não é no mar”. A ideia é promover educação ambiental
por meio da mudança de comportamento, que é um dos critérios fundamentais da
Certificação Internacional Bandeira Azul.
“Depois que iniciamos a campanhas de limpezas
das praias visualizamos que o grande vilão são as bitucas de cigarro e, por
isso, começamos esta campanha para conscientizar os banhistas que estes
resíduos poluem a areia”, explicou a coordenadora do Bandeira Azul, Paloma
Aires.
Segundo ela, a Organização das Nações Unidas
(ONU) considera a bituca como o resíduo mais encontrado nas praias. Os dados
encontraram respaldo em um estudo realizado pela Universidade Veiga de Almeida,
campus Cabo Frio, realizado pelos alunos de Engenharia Ambiental com orientação
do professor Eduardo Pimenta. O trabalho foi feito após o último mutirão de
limpeza das praias, chamado “Cabo Frio de Ponta a Ponta”, que ocorreu em
setembro.
Conforme o levantamento, a bituca de cigarro foi
o item encontrado em maior quantidade entre os microlixos recolhidos nas praias
do Forte (1.375 unidades) e Peró (464). Para o Secretário de Meio Ambiente, a
limpeza nas praias é realizada diariamente pelas equipes, mas que a população
precisa colaborar.
“Não são só os plásticos que causam danos ao
meio ambiente, os microlixos também. As bitucas fazem parte desse grupo e
acabam sendo, muitas vezes, ignoradas”, afirmou Mario Flavio.
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