O Parque Ecológico Municipal
Dormitório das Garças, fechado desde o final de 2012, vai passar por reforma,
que está prevista para iniciar em março. O investimento da Prefeitura de Cabo
Frio será de R$ 400 mil oriundos do Fundo Municipal de Meio Ambiente decorrente
das taxas de licenciamento, das multas, dos autos de infrações e do
estacionamento da Praia do Peró. A estimativa é de que a obra seja concluída em
quatro meses.
De acordo com o secretário de
Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira, a reforma vai abranger a estrutura física
da unidade de conservação e o padrão do projeto arquitetônico será mantido.
Serão recuperados o pórtico da entrada, a estrutura administrativa, os
banheiros, a passarela que liga a entrada do parque até o Canal do Itajuru bem
como a extensão da tela de arame ao longo da Avenida Wilson Mendes.
“A recuperação do Dormitório é
fundamental porque ele é um dos poucos parques públicos ecológicos em área
urbana. É um espaço de manguezal significativo da Laguna de Araruama com uma
função ambiental importantíssima para a manutenção de crustáceos e peixes do
manancial. Além disso, o local já foi referência nacional em educação
ambiental”, explicou o secretário, acrescentando que a expectativa, numa
segunda fase da revitalização do parque, é de que um mirante seja construído em
cima do novo auditório de educação ambiental.
Da bonança à crise
De acordo com José Henrique,
coordenador de Unidades de Conservação, o Dormitório das Garças foi implantado
em 05 de junho de 2007 e, de lá para cá, o parque já teve dias de glória. Foi a
primeira unidade de conservação ambiental do município e, para marcar a
conquista, foi inaugurado no Dia Mundial do Meio Ambiente. O parque recebia
cerca de cem mil visitantes por ano, conforme dados da Coordenação de Meio Ambiente.
Era comum o visitante encontrar
inúmeras garças, que com o sobrevoo encantavam os presentes e tornavam o pôr do
sol ainda mais bonito. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, em seu
projeto original, o espaço também foi pensado para ser um centro de educação
ambiental com difusão de técnicas de preservação e de consciência ecológica.
Além disso, a proposta previa a colaboração para pesquisas de graduação,
mestrado e doutorado.
Porém, até o fechamento, no
final de 2012, devido à troca de governo e à retirada da Guarda Marítima e
Ambiental o cenário mudou. As mudanças ocasionaram falta de manutenção, ações
de vandalismo, quatro incêndios de variadas proporções que resultaram na
destruição do pórtico de entrada e do mirante de observação e, até mesmo,
cenário de crime.
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